* Maria Avalone

As mães merecem todas as nossas homenagens e presentes, afinal são responsáveis pela gestação e criação das crianças, que são o bem maior e o futuro de qualquer comunidade. É a mãe quem fornece os subsídios biológicos, emocionais, físicos e mentais que a criança tanto precisa, é o pilar responsável pela geração e desenvolvimento da criança.

Por isso, o melhor presente que podemos oferecer às mães cuiabanas e mato-grossenses é a implantação do Hospital Materno-Infantil de Cuiabá, voltado para a atenção integral à saúde da mulher e da criança.

Esta foi nossa principal bandeira de luta nas últimas eleições e na condição de suplente de vereador continuo empenhada em contribuir para que este sonho compartilhado com os profissionais da saúde, as entidades de defesa da mulher e da criança e boa parte da sociedade, se torne efetivamente uma realidade.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade neonatal é responsável por 70% das mortes de crianças até cinco anos de idade. As principais causas são as complicações em partos prematuros e eventos que ocorrem no processo de parto, além das infecções. Segundo a Organização Mundial da Saúde, grande parte das causas de óbitos são evitáveis através da prevenção: acompanhamento pré-natal e assistência médica de qualidade nas primeiras semanas de vida.

Cuiabá apresenta alto índice de mortalidade infantil, 11,52. Isso significa, que de cada 1000 crianças com menos de 1 ano, mais de 11 morrem. A meta do governo do Estado é reduzir para 9,7 a mortalidade infantil em Mato Grosso até 2022.

Uma análise da Câmara Técnica de Saúde da Mulher do Coren-MT (Conselho Regional de Enfermagem) constatou que em alguns casos os indicadores para ações de prevenção da saúde da mulher em Cuiabá estão abaixo das recomendações do Ministério da Saúde, como os exames de colo do útero e as mamografias. Em Cuiabá, é pactuada uma tomografia por ano para mulheres acima de 50, o que está muito longe de atender as metas.

Além de atendimento de urgência e emergência às gestantes e crianças, o Hospital Materno-Infantil poderá oferecer consultas, internações, cirurgias e exames para mulheres grávidas e em trabalho de parto. O hospital deve incluir Unidades de Tratamento Intensivo, neonatal e adulto, e Unidade de Cuidados Intermediários. As mães serão tratadas com dignidade e respeito, desde o pré-natal, ao parto, puerpério (pós-parto) e assistência ao recém-nascido, com acolhimento humanizado e atendimento 100% SUS.

O hospital também pode funcionar como Banco de Leite Humano, atuando na educação da comunidade sobre aleitamento materno, organizando coletas nas Unidades Básicas de Saúde e lançando campanhas de estímulo às doações.

A ideia é instalar o Hospital Materno-Infantil no antigo Pronto Socorro Municipal, que hoje atende pacientes da Covid-19. A expectativa é que, a partir da vacinação em massa da população até o final do ano, a pandemia seja controlada. Aí será possível, no próximo ano, transformar o antigo PSM no tão necessário hospital da mulher e da criança. A nova unidade poderia inclusive atender mulheres grávidas que contraíssem o coronavírus.

A sensibilidade e o apoio dos Executivos municipal e estadual, além dos legisladores estaduais e federais – que podem destinar emendas para a implantação do novo hospital – serão fundamentais para viabilizar este projeto de grande relevância para a população.

O que nos move é o senso de responsabilidade com a construção de uma Cuiabá que atenda com qualidade e respeito as pessoas mais importantes que abriga, as mulheres cuiabanas e mato-grossenses.

* Maria Avalone – Mãe e suplente de vereador em Cuiabá pelo PSDB

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