sexta-feira,20 setembro, 2024

Saiba o que os chatbots de IA estão prevendo para 2024

O DailyMail.com pediu a dois chatbots de IA que previssem o ano de 2024 – Bard, do Google (alimentado pelo Gemini Pro), e Claude, da Anthropic (apoiado pela Amazon). Os resultados foram bem preocupantes.

Os dois modelos de linguagem foram escolhidos por usarem informações atualizadas da internet para fazerem suas previsões – ChatGPT e Bing, da Microsoft, dependem de dados mais antigos. Confira os principais resultados.

Os sistemas de IA podem começar a raciocinar sozinhos

O Claude.ai previu que os primeiros modelos de IA vão começar a mostrar sinais de que alcançaram o status de AGI – “inteligência artificial geral”. Em teoria, a AGI será capaz de completar qualquer tarefa intelectual que um ser humano possa realizar – o que deve provocar grandes mudanças na sociedade.

‘Nos últimos anos, vimos algoritmos de IA igualar ou exceder o desempenho humano em tarefas especializadas, como reconhecimento de objetos, jogos e processamento de linguagem”, disse o Claude. “Técnicas como a aprendizagem profunda e as redes neurais executadas em infraestruturas computacionais poderosas impulsionaram estes avanços. Grandes investimentos de empresas de tecnologia e startups sugerem que o ritmo da inovação não irá desacelerar tão cedo. E alguns investigadores de IA antecipam que estamos agora mais perto da AGI – algoritmos que podem corresponder à flexibilidade e adaptabilidade dos humanos em diferentes ambientes e tarefas.”

Ainda segundo o Claude, grupos como DeepMind, OpenAI, Google Brain e Anthropic estão avançando em direção a esse objetivo. “Embora provavelmente não consigamos desenvolver totalmente a inteligência geral até 2024, poderemos ver demonstrações de sistemas que começarão a exibir raciocínio, criatividade e capacidades de tomada de decisão mais expansivos.”

Claude.ai disse que os sistemas de IA poderão se comportar de forma imprevisível e que a automação do trabalho ultrapassará a capacidade de adaptação dos trabalhadores.

A biotecnologia irá ‘atualizar’ os humanos

O Bard previu que 2024 poderá ver avanços biotecnológicos que “atualizarão” a raça humana. Segundo a ferramenta, poderemos ter avanços nas interfaces cérebro-computador. O Neuralink, de Elon Musk, deverá testar essa tecnologia em voluntários no próximo ano.

Análise da Foresight Factory já sugeriu que mais de um terço dos consumidores ficaria feliz com a implantação de tal chip, para se conectarem mais facilmente aos seus computadores e celulares.

Segundo o Bard, “os avanços nos materiais biocompatíveis e na engenharia robótica podem levar a membros biônicos que restaurem a função motora quase natural ou até mesmo superem as limitações humanas em força e destreza. Os exoesqueletos poderão aumentar as capacidades físicas para levantamento de peso, aplicações militares ou assistência a idosos.”

Além disso, diz o Bard, “as interfaces cérebro-computador (BCIs) poderiam permitir a comunicação direta entre o cérebro e os sistemas computacionais, permitindo o controle de próteses, dispositivos externos ou mesmo ambientes virtuais. As aplicações potenciais incluem comunicação para indivíduos com paralisia, maior criatividade e produtividade, ou mesmo comunicação entre cérebros.”

Sobre o metaverso, a ferramenta de IA avaliou que “dispositivos que criam sensações de toque realistas podem revolucionar a realidade virtual e outras experiências imersivas, fornecendo feedback aprimorado em treinamento médico, jogos e entretenimento.”

A medicina personalizada estará em alta

A medicina personalizada, na qual tratamentos são adaptados ao indivíduo, com base no seu DNA, tem o potencial de mudar a vida humana em grande escala. Segundo o Bard, a IA pode impulsionar novos avanços no próximo ano.

“A medicina personalizada, também conhecida como medicina de precisão, visa adaptar tratamentos e estratégias preventivas aos fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida de cada indivíduo. Nessa busca, a IA está emergindo como um divisor de águas, impulsionando avanços em vários aspectos da saúde”, disse o Bard.

Ao decifrar grandes quantidades de dados genéticos, a IA pode identificar fatores de risco para doenças específicas, permitindo intervenções proativas e planos de prevenção personalizados, diz o chatbot.

“A inteligência artificial pode explorar registros eletrônicos de saúde para descobrir padrões ocultos e conexões entre sintomas, medicamentos e resultados, levando a diagnósticos mais precisos e recomendações de tratamento personalizadas. Pode ainda prever como os pacientes irão responder a diferentes tratamentos, ajudando os médicos a escolher as opções mais eficazes e menos prejudiciais para cada indivíduo.”

A eleição americana será alvo de hackers

Com as eleições presidenciais se aproximando nos EUA, o Bard, do Google, previu que atores mal-intencionados tentarão minar as eleições usando a tecnologia. Podem acontecer ataques a urnas eletrônicas, em um esforço para minar a confiança no resultado, alertou Bard, usando Gemini Pro.

Segundo a ferramenta, “atores maliciosos podem ter como alvo bancos de dados de registro de eleitores, máquinas de votação ou sistemas de relatórios de resultados eleitorais, para interromper o processo de votação, semear dúvidas ou manipular os resultados. O roubo de dados eleitorais sensíveis ou de informações de campanha pode ser utilizado para chantagem, campanhas de desinformação direcionadas ou táticas de supressão de eleitores.”

O Bard alertou ainda para o uso de bots e contas falsas para amplificar certas narrativas e silenciar vozes opostas. Deepfakes, vídeos manipulados ou gravações de áudio podem confundir ainda mais os limites entre a verdade e a ficção. “Notícias falsas, publicações nas redes sociais ou mesmo e-mails personalizados podem explorar preconceitos e ansiedades existentes para influenciar os eleitores em direção a candidatos específicos, ou desencorajá-los de votar.”

Tensões entre EUA e China vão aumentar (mais)

As tensões entre Taiwan e a China, que enxerga a ilha como seu território, aumentaram nos últimos quatro anos, à medida que a China procura fazer valer as suas reivindicações de soberania por meio das pressões política e militar.

“A relação entre a China e os EUA e seus aliados ocidentais tornou-se cada vez mais tensa nos últimos anos”, disse o Claude. “Taiwan continua a ser uma das questões mais controversas. A China vê Taiwan como uma província separatista que deveria ser reunificada com o continente, pela força, se necessário. Mas Taiwan evoluiu para uma sociedade distinta e democrática, com a sua própria identidade. Os EUA têm historicamente apoiado o direito de Taiwan à autodeterminação e fornecido armas para as suas defesas, aumentando as tensões com a China.”

Caso Taiwan tome medidas para declarar a independência formal em 2024, isso poderá provocar uma postura mais agressiva ou mesmo uma ação militar por parte da China, previu o chatbot.

Por Marisa Adán Gil

360 News
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