sexta-feira,22 novembro, 2024

Sabe o que é “de-influencing”? A nova tendência das redes sociais

Depois de anos a conquistar terreno nas plataformas digitais, o marketing de influência, tal como o conhecemos hoje, parece ter os dias contados.

Isto porque há um novo movimento no mundo das redes sociais que está a ganhar expressão. Chama-se “de-influencing”.

É uma nova tendência que está a conquistar as gerações mais novas. Depois do “influencing” eis que surge o “de-influencing”. Significa que em vez de os criadores de conteúdo mostrarem à audiência o que devem comprar, mostram aquilo que não devem comprar.

Segundo várias publicações, o movimento deve-se ao momento atual que vivemos, com uma crise inflacionista que está a obrigar os consumidores, e sobretudo as gerações Z e Millennial, a repensarem os hábitos de compra.

De acordo com os estudos, a hashtag #deinfluencing já atingiu 76 milhões de visualizações no TikTok, desencadeando várias conversas à volta do consumismo excessivo.

Nos vídeos, os criadores estão a dizer, de forma honesta, tudo aquilo que o TikTok os fez comprar e que, na maioria das vezes, era desnecessário.

“As notícias referem que este é o fim da era do marketing de influência. Será que é verdade? Não. Mas já se anuncia o fim do marketing de influência preguiçoso, e isso são boas notícias para todos”, explica Mariana Mansour, especialista em TikToK e content creator, numa publicação do Instagram.

“A nova era do ´De-Influencer´ está a atingir o seu momento mais alto, com os utilizadores do TikTok a começarem, finalmente, a colocar a autenticidade acima do consumismo. Aconteceu a mesma coisa com o YouTube e o Instagram. O marketing de influência está a morrer e a ser substituído pelo marketing de comunidade. Este é o ponto em que as marcas precisam realmente de se concentrar: menos marketing de desempenho a curto prazo e mais construção de marca a longo prazo”, refere Matt Parry, co-fundador e CEO da The Future Collective.

Esta tendência pode custar muito dinheiro às marcas que apostam no formato tradicional do marketing de influência. No entanto, é preciso que os marketers encontrem formas de se adaptar ao novo movimento.

“Ao aprenderem mais sobre o que os consumidores não querem, os marketers podem ter uma melhor noção do que eles querem. Tal como qualquer crise de marca, isto pode significar que em vez de trabalharem com os influenciadores da forma como o têm feito até agora, as marcas têm de estar preparadas para um vídeo de «de-influencer» sobre os seus produtos”, explica ao Adweek, Eric Yaverbaum, ceo da Ericho Communications.

Fonte: Imagens de Marca

Redação
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