A Roboagro, empresa pioneira e líder na América Latina no desenvolvimento de robôs alimentadores de animais, lança uma nova versão da tecnologia para garantir o aproveitamento de todo o potencial genético dos suínos e a redução de custo com a nutrição de precisão. Chamado de Roboagro FlexFeed, o implemento automatizado distribui dois tipos de rações ao mesmo tempo possibilitando a transição das fases de crescimento/engorda dos suínos com a diluição diária da dieta nutricional. O robô evita desperdícios com a alimentação e pode gerar uma economia de R$ 200 mil por lote de 3 mil animais (R$ 67/animal), o que equivale a 10% dos custos com ração, segundo simulações da empresa.
O FlexFeed será apresentado ao mercado durante a PorkExpo, maior feira da suinocultura brasileira, que vai ocorrer nos dias 26 e 27 de outubro, em Foz do Iguaçu (PR). No dia 26, às 18h30, também será assinado um plano de cooperação da empresa com a Embrapa Aves e Suínos para testes, validação de conceito e novos desenvolvimentos de sensores e dispositivos nos robôs. A assinatura será no estande da Roboagro e vai contar com o diretor da empresa, Giovani Molin, o chefe da Embrapa Aves e Suínos, Everton Luis Krabbe e dos pesquisadores Osmar Antonio Dalla Costa e Armando Lopes do Amaral.
Segundo Molin, no modo convencional de nutrição, a variação do peso dos animais em um mesmo alojamento pode chegar a 45%. “Com o FlexFeed, conseguimos tratar cada animal de acordo com seu desenvolvimento, evitando desperdícios, melhorando a qualidade da carne e flexibilizando a liberdade de escolha da dieta indicada para cada animal.”
Considerando-se que a ração corresponde a aproximadamente 80% dos custos de produção de suínos e que os preços da soja e do milho, componentes das rações, devem seguir em alta, essa economia é considerável para produtores e integradores.
Esse tipo de manejo, automatizado e customizado, só é economicamente viável com os robôs, que percorrem toda a granja e permitem a inclusão de implementos até para cuidados veterinários. “Se fossemos colocar sensores em cada baia, ficaria muito caro e as outras formas de manejo não conseguem a uniformidade e assertividade do Roboagro.”
O retorno econômico é tão garantido que o integrador não paga nada pelo implemento, sendo que a Roboagro recebe uma porcentagem sobre a economia gerada. “Já temos mais de 1 mil robôs atuando no Brasil, que promovem bem-estar animal e rentabilidade nas granjas e que agora podem ter suas funções ampliadas com o FlexFeed”, orienta Molin.
O Roboagro Flexfeed também toca música clássica enquanto alimenta os suínos. De acordo com estudos de bem-estar animal, a música reduz o estresse e auxilia no ganho de peso dos animais.
A carne suína é a mais consumida no mundo e melhorar continuamente a qualidade da produção brasileira é um desafio para suinocultores e frigoríficos. Algumas das principais integrações de suínos no Brasil, já utilizam automação e robotização, sendo percebida significativa melhora na qualidade dos cortes de carne produzidos. “Muito tem se falado da suinocultura 4.0, pois o setor precisou se modernizar e utilizar a tecnologia o seu favor para gerenciar de forma mais precisa as criações. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor de suínos do mundo e essa mudança de patamar se faz necessária e urgente para que os fornecedores da carne se posicionem de forma competitiva nos mercados nacionais e internacionais”, pondera Molin.
Retorno ambiental
Além dos benefícios econômicos, a nutrição de precisão promove ganhos ao meio ambiente. Isso porque quando o animal se alimenta com excesso de nutrientes, a quantidade de dejetos na granja aumenta, produzindo mais gases que vão para a atmosfera. “Com uma dieta adequada, temos redução de 60% da excreção de nitrogênio e fósforo.”
Em uma simulação feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o uso do Roboagro FlexFeed, considerando-se um robô em atividade, alimentando um lote de 3.000 animais, há a mitigação da 67 t de CO² por ano. Como base de comparação isso equivale à compensação de um plantio de 333 árvores.
Fonte: Ello Agronegócios
Por: Portal do Agronegócio