sábado,23 novembro, 2024

Rio Grande do Sul ultrapassa 2,5 gigawatts de potência de energia solar em telhados e pequenos terrenos

O Rio Grande do Sul está entre os três estados brasileiros com maior potência instalada de energia solar na geração própria em telhados e pequenos terrenos. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a região acaba de ultrapassar 2,5 gigawatts (GW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

A potência instalada no Rio Grande do Sul coloca o estado na terceira posição do ranking nacional da ABSOLAR. Segundo a entidade, o território gaúcho responde sozinho por 10,3% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade.

O estado possui mais de 289 mil conexões operacionais, espalhadas por 497 municípios, ou 100% dos 497 municípios da região. Atualmente são mais de 392 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.

Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Rio Grande do Sul a atração de mais de R$ 13,5 bilhões em investimentos, geração de 77,8 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 3,2 bilhões aos cofres públicos.

No entanto, a ABSOLAR alerta sobre um grave problema no estado gaúcho, já que algumas distribuidoras de energia elétrica têm descumprido o regramento legal para os pedidos de conexão de sistemas fotovoltaicos na geração distribuída, com paralisação deste processo, pelo argumento de inversão de fluxo na rede sem apresentar os estudos técnicos exigidos pela regulamentação, que comprovem as alegações das concessionárias.

Neste sentido, a entidade tem atuado de forma intensa com autoridades públicas e com as próprias distribuidoras para que o direito do consumidor, de gerar a própria energia, seja preservado e que o direito das empresas integradoras, de exercerem o seu trabalho, também seja garantido pelos órgãos competentes e agentes do setor elétrico.

“A ABSOLAR atua para que esse problema seja de fato equacionado e resolvido no estado, já que essa paralisação é lesiva aos consumidores, que investem a longo prazo na tecnologia fotovoltaica, e às próprias empresas do setor, que geram emprego e renda nas regiões onde atuam e movimentam a economia local”, ressalta Mara Schwengber, coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio Grande do Sul.

Já o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, lembra, por sua vez, que o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental da região e do Brasil, além de ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País e reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.

“A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento do País. O crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade e protagonismo internacional do Brasil, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros”, conclui Sauaia.

Fonte: TOTUM Comunicação

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