sexta-feira,22 novembro, 2024

Revolução: primeiro remédio feito por IA é testado em humanos

A inteligência artificial continua evoluindo e dessa vez pode trazer progressos na área da medicina. Pela primeira vez, a IA foi usada para desenvolver todas as etapas de produção de um novo medicamento.

Chamada de NS018_055, a medicação tem potencial para o tratamento de uma doença pulmonar crônica. O remédio já está sendo testado em humanos.

A produção do medicamento a partir de IA é fruto de uma parceria entre a empresa de biotecnologia Insilico Medicine, de Hong Kong, e a Nvidia, empresa especializada no desenvolvimento de componentes eletrônicos. Alex Zhavoronkov, CEO da Insilico, destacou que havia ceticismo em relação ao uso da tecnologia para o desenvolvimento de fármacos:

Quando apresentamos nossos resultados pela primeira vez, as pessoas simplesmente não acreditavam que os sistemas generativos de IA pudessem atingir esse nível de diversidade, novidade e precisão. Agora, com todo um pipeline de candidatos a medicamentos promissores, as pessoas estão percebendo que isso realmente funciona.

Como o medicamento foi desenvolvido?

  • A inteligência artificial foi usada em cada etapa do processo de produção do medicamento contra fibrose pulmonar idiopática.
  • Segundo a Insilico, a tecnologia auxiliou na identificação de moléculas que poderiam ser utilizadas, gerou novos compostos e até previu parte dos resultados.
  • No total, 12 medicamentos foram desenvolvidos a partir da IA, mas apenas três avançaram para a fase dos primeiros ensaios clínicos.
  • O NS018_055 é o primeiro a chegar a segunda fase, com testes em humanos.

IA: processo mais veloz e mais barato

  • A indústria farmacêutica acredita que a IA pode reduzir consideravelmente o tempo e os custos de desenvolvimento de medicamentos.
  • O NS018_055, por exemplo, levou menos de 18 meses para ser produzido. O procedimento padrão, sem o uso da tecnologia, leva cerca de seis anos.
  • Já os custos do processo tradicional giram em torno dos US$ 400 milhões, o equivalente a cerca de R$ 1,9 bilhão. A estimativa é que a inteligência artificial possa reduzir os gastos para algo próximo de US$ 40 milhões, ou R$ 194 milhões.
  • Mas os avanços da IA na medicina não param por aí. A tecnologia também já foi utilizada para desenvolver um novo antibiótico contra bactérias resistentes. O medicamento ainda não entrou na fase de pesquisa clínica e ainda são necessários os primeiros testes em animais antes do uso em humanos.

Fonte: Olhar Digital

Redação
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