sexta-feira,22 novembro, 2024

Registros de Meta e Microsoft podem impedir Twitter de usar a marca “X”

Aparentemente, transformar o Twitter em X não vai ser um processo tão simples: várias outras companhias, incluindo Meta e Microsoft, detêm o registro de propriedade intelectual sobre a marca “X” e seu uso pode vir a ser objeto de disputa na justiça no futuro. As informações são da Reuters.

“Há 100% de chance de que o Twitter seja processado por alguém”, pontuou o advogado de marcas registradas Josh Gerben à Reuters. Segundo ele, há quase 900 registros ativos de marcas nos Estados Unidos sobre a letra “X” em diversos segmentos.

Empresas que detém os direitos sobre a marca “X” podem impedir Elon Musk de transformar o Twitter em X (Imagem: Reprodução/Twitter/X)

Por enquanto, o nome “X” ainda não entrou em nenhuma disputa, mas o processo de transformação do Twitter apenas começou. Na segunda-feira (24), o logo da plataforma foi alterado do clássico passarinho azul para a letra X, mas a mudança foi puramente estética até agora.

Caso detentores da marca “X” resolvam entrar na justiça, a empresa de Elon Musk pode ser condenada a pagar indenização pela confusão gerada pelo novo nome. Num caso mais extremo, o bilionário também pode ser impedido de adotar a marca na rede social.

Segundo a Reuters, a Microsoft detém, desde 2003, os direitos sobre a marca “X” relacionada a comunicação devido ao ecossistema Xbox. A Meta, por outro lado, possui um registro federal de 2019 nos Estados Unidos sobre a letra “X” na cor azul e branca dentro do setor de software e redes sociais.

Ser dono a marca “X” é complicado

De acordo com o advogado de marcas Douglas Masters, também ouvido pela Reuters, é difícil se tornar dono da propriedade intelectual sobre uma única letra. “Dada a dificuldade em proteger uma única letra, especialmente uma tão popular comercialmente como ‘X’, a proteção do Twitter provavelmente se limitará a gráficos muito semelhantes ao logotipo ‘X'”, disse.

Meta enfrentou problema parecido

A Meta também precisou brigar na justiça para garantir o novo nome. Em outubro de 2021, quando Mark Zuckerberg anunciou a mudança de nome da empresa, outras companhias homônimas brigaram para tentar garantir seus direitos sobre o nome “Meta” — até mesmo o logo foi motivo de discussão.

Disputa por nomes são comuns até no Brasil

A disputa por marcas é bem comum até no Brasil. Um caso famoso é a briga entre a Gradiente e a Apple sobre o nome “iphone”, caso que se arrasta há mais de uma década.

Fonte: Canal Tech

Redação
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