Um ranking ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) foi elaborado pela consultoria Caliber com base nas nas percepções da sociedade sobre as 32 empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da bolsa de valores brasileira, a B3.
Na primeira edição, a posição de destaque ficou com a Natura &Co. O segundo lugar é ocupado pela VIBRA Energia, seguida de Engie, WEG e Rede D´or. Complementando a lista das 10 principais empresas há a EDP, Fleury, Ecorodovias, Magalu e CPFL (veja tabela completa a seguir).
“O primeiro ranking Caliber ESG procurou analisar mais de 50% das empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 como forma de entender a percepção da sociedade sobre as empresas destaque da nossa economia”, completa afirma Dario Menezes, diretor executivo da Caliber, consultoria internacional especializada em gestão de Reputação Corporativa.
Segundo o executivo, escolha do tema se deu pela relevância na sociedade e nas estratégias corporativas. “O tema está presente nas discussões de líderes de governo, executivos, mídia, academia e em toda a sociedade civil que vem demonstrando de forma contundente que o veio para ficar. A temática ESG também está presente no modelo de tomada de decisão dos analistas de mercado: quanto mais responsável for a empresa na condução dos seus negócios, melhor sua avaliação em relação aos seus pares”, diz.
Metodologia
Os indicadores da B3 foram incorporados aos atributos da plataforma Real-Time Tracker e calculados de acordo com a porcentagem média de respostas válidas nos três atributos ESG e a partir de entrevistas com aproximadamente 5.000 respondentes de todos os estados do Brasil. As entrevistas foram realizadas, realizadas entre os dias 01 de janeiro a 10 de maio de 2023 em companhias brasileiras de diferentes setores da indústria nacional.
A metodologia foi baseada numa pontuação composta por três questões quantitativas sobre o impacto ambiental, social e governança (comportamento ético). Todas as perguntas foram pontuadas usando uma escala de 1 a 7, com indicações como “Muito Insatisfeito” para o “Muito Satisfeito”. E, em seguida, calculadas em uma escala de 0 a 100 sem qualquer ponderação ou ajustes. Cada pergunta individual, ao exemplo de “a empresa tem um impacto positivo no planeta?”, também recebeu uma pontuação para identificar lacunas entre os 3 elementos ESG.
As vencedoras do ranking Caliber ESG
De acordo com Angela Pinhati, diretora de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina, práticas empresariais implementadas sob a lógica ESG contribuem para o desenvolvimento sustentável da sociedade e dos negócios. “Desde a sua fundação, a Natura decidiu transformar desafios socioambientais em oportunidades de negócios. Essa não é uma escolha fácil, mas a nossa jornada mostra que é possível aliar desenvolvimento econômico e geração de impacto positivo”, afirma.
Para Mauricio Bähr, CEO ENGIE Brasil e Presidente do Conselho de Administração da ENGIE Brasil Energia SA., ver a percepção da sociedade é um reconhecimento do trabalho. “Agimos paraa acelerar a transição energética justa, conciliando meio ambiente e desenvolvimento econômico-social, e atentos a uma gestão que dialoga com a sociedade de maneira aberta, diversa e transparente”, diz.
Fonte: Exame