Steve Schwarzman, CEO da Blackstone, é um bilionário de 77 anos do tradicional mercado de private equity. Mas ele se encantou pelas possibilidades da inteligência artificial ainda em 2015, quando ouviu sobre o tema do co-fundador do Alibaba, Jack Ma, que lhe falou sobre durante uma viagem de ônibus. 

Hoje, Schwarzman, de 77 anos, pode ser o maior financiador individual de educação e pesquisa em IA, tendo destinado mais de meio bilhão de dólares para o esforço, segundo o Wall Street Journal.

Parte desses fundos, US$ 350 milhões, foi para o recém-batizado Schwarzman College of Computing no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o renomado MIT, que vai abrir o centro em abril. Outra parte, de US$ 240 milhões, foi para a tradicional Universidade de Oxford, onde o Schwarzman Centre for the Humanities abriga um instituto para o estudo da ética da IA. Essas foram as duas maiores doações de Schwarzman.

Schwarzman, cujo patrimônio líquido a Forbes estima em $37.7 bilhões, também defendeu a tecnologia em Washington. Um grande doador republicano, ele trabalhou nos bastidores para ajudar a garantir a aprovação do Chips and Science Act de 2022. 

O entusiasmo de Schwarzman pela IA ecoa outros movimentos audaciosos que ajudaram a construir a Blackstone no gigante de $1 trilhão que é hoje. Ele e o co-fundador Pete Peterson diversificaram além das aquisições muito antes dos concorrentes, lançando um negócio de hedge funds em 1990, entrando em investimentos imobiliários em 1991 e crédito em 1998. Agora, o setor imobiliário é o maior negócio da Blackstone e a capitalização de mercado da empresa é aproximadamente o dobro da de seus concorrentes mais próximos.

“Pensar grande” é seu mantra, Schwarzman escreveu em sua autobiografia de 2019. “Eu estava preocupado que os EUA estivessem ficando para trás na mais promissora tecnologia em gerações,” Schwarzman disse ao The Wall Street Journal.

Schwarzman também pressionou a Blackstone a usar IA. A empresa de private equity contratou seu primeiro cientista de dados em 2015 e agora emprega 50 deles trabalhando em suas várias linhas de negócios para analisar dados e fazer previsões que informam decisões de investimento.

 

Texto: Carolina Unzelte