sexta-feira,20 setembro, 2024

Qual será o próximo boom de produtividade da IA?

O avanço da Inteligência Artificial (IA) vem desencadeando uma série de análises sobre seu impacto em diversos setores e mercados. Sobre a produtividade do trabalho, um estudo da Accenture revelou que essa tecnologia trará um ganho inesperado de produtividade para o governo dos EUA, no valor de até US $ 532 bilhões por ano até 2028.

Porém, a Accenture avalia que, antes que isso ocorra, os trabalhadores do setor público precisam ser capacitados para obter o máximo da IA.

A rápida disseminação da Inteligência Artificial, segundo o estudo da Accenture, promete enormes ganhos de produtividade para os servidores públicos norteamericanos. Um setor onde a burocracia e outras restrições institucionais prejudicam a produtividade.

Nesse contexto, a IA poderá capacitar os funcionários do governo de duas maneiras. A primeira é automatizando tarefas repetitivas, liberando tempo para atividades de maior valor agregado. Um exemplo: examinadores de conformidade fiscal. Em grande parte, as rotinas diárias desta área ainda envolvem etapas trabalhosas como por exemplo entrevistar contribuintes, vasculhar inúmeras declarações fiscais e elaborar relatórios de auditoria. Se a IA for então aplicada a essas atividades, estes profissionais poderiam, em vez disso, se concentrar em questões mais complexas e de alto risco, fazendo melhor uso de seus conhecimentos.

A segunda está ligada à primeira: a maneira pela qual a IA pode tornar os trabalhadores do setor público mais produtivos. Historicamente, a capacidade de detectar fraudes fiscais era muitas vezes limitada à análise de registros existentes, por exemplo. Hoje, o uso de IA para identificar conexões imprevistas em dados externos já permite que que se encontre até mesmo os não declarantes, como fraudes fiscais de alto valor. Para se ter uma ideia, em um teste de 2019, 84% das declarações fraudulentas detectadas por uma IA experimental foram posteriormente perdidas pelos examinadores comuns naquela ocasião.

No entanto, para colher tais recompensas, os envolvidos devem começar a tomar certas ações. Treinamentos em estratégia e dados, por exemplo, são algumas das ações apontadas pela Accenture que serão decisivas para capacitar trabalhadores e executivos do poder público a aproveitar ao máximo a IA.

Dessa forma, a Inteligência Artificial é sem dúvida um impulsionador de produtividade um setor tão complexo como é o setor público e federal. Sem mencionar que essa ajuda também poderia gerar um fluxo constante de insights para impulsionar resoluções em diversos quadros sociais, por exemplo.

Enfim, quando dimensionada, a IA pode ser muito mais que um facilitador, ela se transforma em um alicerce para novas iniciativas e transformações – seja no âmbito federal ou em qualquer outro setor. É possível afirmarmos diante disso que, aqueles que não se adaptarem a Inteligência Artificial nos próximos anos, correm o risco de não acompanharem as transformações socioeconômicas desencadeadas por essa tecnologia em plena evolução.

Por Marcelo Brandão

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