Com a pandemia da covid-19, alguns termos que eram considerados mais técnicos começaram a se popularizar, como as siglas IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). Elas costumam ser mencionadas para se entender, por exemplo, um exame de anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2. Isso porque, basicamente, representam dois tipos de anticorpos (imunoglobulinas) produzidas contra um determinado vírus e que, no organismo, têm funções que são levemente diferentes.

Vale explicar que, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), anticorpos “são proteínas (imunoglobulinas) que protegem as pessoas contra invasores microscópicos como vírus, bactérias, substâncias químicas e toxinas”.

A partir da análise das imunoglobulinas, é possível identificar qual vírus infectou determinado indivíduo e em qual etapa da infecção ele está, por exemplo. Afinal, cada doença desencadeia a produção de anticorpos específicos, como a covid-19, a dengue a gripe (influenza), e eles podem ser encontrados no sangue em determinados momentos.

Qual a diferença entre as imunoglobulinas?

Antes de seguir, é importante explicar que são cinco grandes classes de imunoglobulinas (IgM, IgG, IgE, IgA e IgD). No entanto, as classes IgM e IgC são as mais comumente investigadas nos testes sorológicos, feitos a partir de amostras de sangue de um indivíduo.

“Os anticorpos IgM e IgG têm ação conjunta na proteção imediata e a longo prazo contra infecções”, explica a Fiocruz. A principal diferença entre eles é o momento da infecção em que aparecem, sendo que o IgM costuma aparecer mais cedo no sangue. Este é, na maioria dos casos, o primeiro anticorpo a ser produzido pelas defesas do organismo.

No caso da covid-19, um exame sorológico não é indicado para a detecção da doença. Apesar de revelarem a presença de anticorpos, o resultado pode ser falso negativo nos primeiros dias, já que a produção de anticorpos não ocorre de forma imediata à infecção. Nestes casos, o mais indicado é o RT-PCR (padrão ouro) ou o teste de antígeno.

O que é IgM?

De forma geral, a presença da IgM (imunoglobulina M) indica que determinada pessoa já foi exposta a um determinado agente infeccioso e que está na fase ativa da doença ou que se recuperou recentemente.

Além disso, segundo o National Jewish Health, “um teste de IgM positivo indica que você pode ter sido recentemente infectado ou vacinado e seu sistema imunológico começou a responder à vacinação ou que seu sistema imunológico começou a responder ao vírus”. Isso porque o anticorpo é o primeiro a ser produzido pelo organismo.

O que é IgG?

Agora, a presença da IgG (imunoglobulina G) indica que “a pessoa está na fase crônica e/ou convalescente ou já teve contato com a doença em algum momento da vida”, explica a Fiocruz. Também pode ser identificado após a imunização de alguns pacientes.

Inclusive, este nível de proteção deve continuar a funcionar contra infecções futuras. Em outras palavras, indica uma imunidade mais duradoura, que busca reduzir a gravidade da doença em possível contato futuro.

Fonte: Fiocruz National Jewish Health    

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