Para o autor de “Cem Bilhões de Neurônios”, imitar o funcionamento do cérebro humano, com seus 860 trilhões de circuitos em constante transformação, é uma missão praticamente impossível
“O que nós criamos, nós temos condições de controlar. Não me parece razoável supor que a inteligência artificial, ou qualquer outra tecnologia que a gente venha a desenvolver, vá nos dominar. Somos capazes de elaborar regulações para conter essa eventual ameaça.”
O otimismo inabalável sobre a IA vem de um dos maiores neurocientistas do Brasil: Roberto Lent é professor titular de neurociência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde chefia o Laboratório de Neuroplasticidade. Autor de “Cem bilhões de neurônios”, livro referência da área publicado em 2001, e do recente “Neurociência da Mente e do Comportamento”, de 2023, é membro da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. É ainda um dos diretores do Instituto Ciência Hoje, que ajudou a fundar.
Neste episódio de NegNews, ele responde com clareza à pergunta: qual a diferença primordial entre a inteligência humana e a inteligência artificial? Explica ainda em que áreas os robôs superam os seres humanos, e em quais atividades nós ganhamos das máquinas – e de longe. Por fim, aborda a polêmica da IA na arte: “Será que ela é capaz de criar algo que provoque a mesma emoção provocada pelas músicas de Caetano Veloso?”, questiona.
Confira abaixo a entrevista completa.
Fonte: Época Negócios