sexta-feira,22 novembro, 2024

Profissões do futuro vão exigir domínio de softs skills, tecnologia e inovação

Com novas possibilidades em educação, profissionais devem buscar uma formação técnica e socioemocional

O que o futuro reserva para as profissões? Em um mundo conectado como o que vivemos, até um quarto das formas de empregos que conhecemos hoje deve mudar nos próximos cinco anos.

Segundo dados do relatório do Fórum Econômico Mundial (FEM) sobre o Futuro dos Empregos 2023, 69 milhões de novos empregos serão criados, enquanto outros 83 milhões devem deixar de existir.

Impulsionadas por macrotendências como digitalização e os padrões de governança ambiental, social e corporativa (ESG), transformações profundas irão pautar a educação e o mercado nos próximos anos com surgimento das profissões do futuro.

Entre as áreas emergentes aparecem a agricultura e comércio digital, com destaque para especialistas em operação de máquinas agrícolas, inteligência artificial e segurança da informação.

Com tantas possibilidades que as profissões do futuro tem a oferecer, uma ferramenta comum para os profissionais que desejam se destacar, seja qual for a especialidade, são as softs skills.

Softs skills que vão das salas de aulas para o mercado de trabalho

Um ponto muito importante na construção de uma carreira promissora para o futuro passam pelas soft skills, também conhecidas como habilidades comportamentais.

No passado, as empresas contratavam profissionais baseados exclusivamente em suas habilidades técnicas. Hoje, isso ainda acontece, mas a grande diferença é que as competências socioemocionais também são fatores determinantes no momento do desligamento de profissionais.

Como uma forma de reter talentos e gerar mão de obra qualificada para o futuro do trabalho, o desenvolvimento das soft skills deve incluir três grandes grupos, que são eles: relacionais, socioambientais e comportamentais.

Habilidades relacionais: ligadas ao eu e ao outro, como a capacidade de trabalhar em grupo, a empatia com o próximo, a cooperação com o todo, além da capacidade de liderar e ser liderado.

Habilidades socioambientais: relacionadas ao estilo de vida e ao meio ambiente. É a capacidade de entender o impacto gerado no meio em que vive e o compromisso com o futuro do planeta.

Habilidades comportamentais: essenciais para a formação da própria personalidade como a inteligência emocional, capacidade de reconhecer e responder às próprias emoções, além de habilidade de se adaptar e ser criativo.

Segundo o pró-reitor de Desenvolvimento Educacional da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Ericson Falabretti, as soft skills permitem lidar com situações inesperadas e mobilizar diferentes capacidades na solução de desafios.

‘As soft skills não são inatas, nós não nascemos com elas, nós adquirimos e desenvolvemos essas habilidades, e isso passa também pelos bancos escolares’,

— explica o professor.

São inúmeras as possibilidades para o desenvolvimento das soft skills. Entre eles, um dos principais caminhos é o da instituição de ensino, que tem um papel fundamental na formação técnica e socioemocional dos novos profissionais.

Tecnologia, inovação e soft skills: a tríade essencial para as profissões do futuro

Os meios tradicionais de educação apostam no formato de ensino conteudista, aquele em que o professor é o detentor do conhecimento, responsável por transmitir informações.

Atenta às transformações na educação e no mercado, a PUCPR investe no ensino por competência, uma abordagem que foca muito mais no desenvolvimento de habilidades e competências do estudante.

Neste formato de ensino, o aluno deixa de focar na memorização de informações e conteúdos e passa a desenvolver a capacidade de responder a desafios e solucionar problemas.

Ressaltando a importância das habilidades emocionais, a PUCPR é a primeira universidade do Brasil a inaugurar o Centro de Realidade Estendida, um espaço que integra tecnologia e experiência no processo de aprendizagem.

O Centro de Realidade Estendida de Curitiba da PUCPR vem promover inovação e aprendizado com as mais avançadas tecnologias — Foto: Hully Paiva/PUCPR
O Centro de Realidade Estendida de Curitiba da PUCPR vem promover inovação e aprendizado com as mais avançadas tecnologias — Foto: Hully Paiva/PUCPR

Neste ambiente, os estudantes poderão mergulhar em realidades virtuais que facilitam o estudo e a pesquisa. Na área de saúde, estão disponíveis um simulador de entrevista e um game de atividades físicas.

Na engenharia, um guia digital de realidade mista. Já no teatro, encenações em ambientes virtuais são possíveis, assim como imersões em cenários de crimes para as ciências biológicas.

E o desenvolvimento de um documentário imersivo e um game sobre funções matemáticas para a área de humanidades são apenas algumas das funções que o Centro vem oportunizando para a comunidade acadêmica da PUCPR.

‘A PUCPR tem um projeto pedagógico de formação integral, com o comprometimento que vai desde o desenvolvimento de um profissional tecnicamente qualificado, que saiba resolver problemas da sua área, além do pensamento sistêmico e o olhar crítico integrado à sociedade, que passam a ser reforçados pelas práticas no novo Centro’, .

— destaca Ericsson

Além de interagir com objetos e mergulhar em ambientes virtuais, no Centro de Realidade Estendida da PUCPR os estudantes passaram a ter uma aprendizagem imersiva, prática e contextualizada das situações que vão encontrar no mundo real.

Tudo isso atendendo as expectativas das novas gerações de nativos digitais, segundo o pró-reitor da PUCPR, que cresceram e aprenderam a se comunicar através de games, telas e redes sociais.

Já do ponto de vista pedagógico, o Centro também traz a perspectiva de integração, que leva o estudante a questionar e pesquisar soluções para os desafios, a exemplo do que vai encontrar nas profissões do futuro.

Fonte: PUCPR – G1

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