Segundo os dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), a tarifa média da conta de luz tem aumentado mais do que a inflação no País. Em 2021, a alta foi em torno de 23%, enquanto a inflação foi de 10,06% no acumulado do ano. Além disso, desde 2015, essa diferença tem chegado a mais do que o dobro, alcançando 114% de crescimento em sete anos, frente à inflação total de 48%.
Acrescenta-se a isso a crise hídrica, que prejudica o abastecimento de energia gerado pelas hidrelétricas, que por sua vez exige frequente acionamento das termelétricas para evitar apagões como o ocorrido em 2001. Essa dinâmica encarece o custo da energia para o consumidor, visto que são criadas bandeiras tarifárias de escassez hídrica.
Para o agronegócio, a conta dessa situação também sai cara e, nesse sentido, as usinas solares têm se tornado, cada vez mais, uma forma segura de suprir o consumo de energia nas propriedades rurais. Não só isso, mas também é uma forma de reduzir o alto custo do abastecimento, sem contar os ganhos na sustentabilidade do negócio em geral.
Assim, modalidades de crédito facilitado para que os produtores possam implantar projetos de geração própria de energia são muito positivas. Além de uma forma menos burocrática de custear uma usina solar, ainda evitam o endividamento bancário, com altas taxas de juros, prazos longos de quitação e bens que entram como garantia de financiamento.
Essa é a proposta da AgroPermuta, fintech agrícola brasileira que oferece soluções inovadoras de financiamento como uma alternativa aos bancos. Dois produtos financeiros são oferecidos pela empresa, um no modelo Financiamento e outro no formato Planejamento, ambos possíveis de serem destinados para uma usina solar.
“Nosso alicerce está em primeiro olhar como o produtor gera sua receita e se é suficiente para ele adquirir um projeto de energia renovável. Conduzimos ele a usar como garantia o seu carrego de mercado, ou seja, a CPR (Cédula de Produto Rural), e oferecemos a possibilidade de ele amortizar o investimento em menos tempo”, explica Alex Kalef, diretor executivo da AgroPermuta.
O profissional pontua que é importante lembrar que a durabilidade de um projeto de energia fotovoltaica é de 20 anos. Nesse sentido, os financiamentos comuns de bancos que são para quitação em longo prazo e com taxas de juros crescentes não são interessantes, já que o produtor pode ficar por muito tempo com a dívida para ter um benefício que ele só irá aproveitar durante 10 anos quitado.
Para obter o financiamento, o produtor rural passa pela análise de crédito, de forma simples e descomplicada, e a aprovação do cadastro acontece em até 48 horas. Após a formalização (assinaturas), que são 100% digitais, a fintech cuida das partes de cartório e registro. O valor é depositado na conta da empresa que vende o bem, que deverá ser indicada pelo produtor rural ou pela AgroPermuta.
O pagamento total do recurso pode ser feito em até três anos e as parcelas podem ser quitadas a cada seis meses, em conjunto com a venda da produção da safra. “Nosso conceito é de dívida boa, aquela que se paga em menos tempo, que não deixa o produtor preso a um banco por 20 anos”, reforça Kalef.
Para a modalidade Programada, a fintech desenvolveu um produto similar a um consórcio para que o agricultor possa fazer uma reserva de valor, onde os recursos são liberados após o pagamento de 50% da operação. A escolha será baseada “em quando ele quer receber”, diz o diretor. Já no caso do financiamento, a antecipação de 30% é obrigatória, sendo que com essa antecipação ele obtêm todo o dinheiro.
Com essas soluções, a AgroPermuta é uma empresa competitiva em todas as formas de financiamento que existem no Brasil. É uma alternativa nova, rápida, que não tem burocracia. “O sentido do nosso financiamento é que sirva muito mais como uma ferramenta para aquele que é o fabricante, distribuidor, revenda, facilitar a vida do seu cliente, no final do dia o alvo é sempre o mesmo, o produtor rural”, esclarece o executivo. Ele diz também que na modalidade planejada, é possível utilizar como reserva de valor, similar a um consórcio, mas sem a loteria do sorteio e nem reajuste de IPCA, por exemplo. “Com esse recurso disponível, lá na frente ele pode utilizar. A diferença é quando ele quer receber”, finaliza.
Fonte: Ruralpress
Por: Portal do Agronegócio