Nos últimos anos, a produção de vinho tem se destacado como uma alternativa rentável à plantação de grãos, não só no Brasil como no mundo inteiro. Segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, a produção global de vinho cresceu 3,2% em 2021, e ganham destaque países europeus como Itália, França e Espanha.
O aumento na produção vem sendo impulsionado pela demanda crescente no mercado internacional e pela alta rentabilidade do setor, que é bastante promissora. Além disso, existem outros benefícios que impactam direta e positivamente os consumidores, o meio ambiente e as empresas do segmento.
Benefícios de investir na produção de vinho
Além da rentabilidade, a produção de vinho tem se mostrado uma opção mais sustentável, em comparação à plantação de grãos.
Enquanto a monocultura de grãos requer altos níveis de agrotóxicos e adubos químicos para conseguir o crescimento adequado dos grãos (o que expõe, também, os trabalhadores do segmento à periculosidade no trabalho), a produção de vinho utiliza práticas mais naturais, como a poda da videira e a utilização de fertilizantes orgânicos.
E ainda existe um plus em relação à produção de grãos: as vinícolas costumam ser pequenas propriedades rurais, o que contribui tanto para a preservação da paisagem e da biodiversidade, como também para a própria cultura local. Os próprios agricultores da região são beneficiados, aquecendo a economia local.
Tecnologia também é destaque
A tecnologia também é outro fator que contribui para o crescimento da produção de vinho.
Atualmente, as vinícolas contam com maquinários e sistemas de gestão que garantem maior eficiência e qualidade na produção. Sensores, softwares e sistemas de automação, por exemplo, ajudam a monitorar e controlar diversos fatores durante o processo, como temperatura, umidade, pH e níveis de oxigênio.
Essas tecnologias permitem que os produtores ajustem os parâmetros de produção em tempo real, garantindo maior precisão e qualidade ao produto final. Além disso, a tecnologia também pode contribuir para a redução do desperdício de água e energia, tornando a produção de vinho mais sustentável e eficiente.
Um exemplo é o uso de drones para monitoramento dos vinhedos, o que permite um controle mais preciso da saúde das plantas e uma colheita mais uniforme.
Cenário brasileiro
No Brasil, tem acontecido um crescimento significativo da produção vinícola nos últimos anos, impulsionado pelo aumento do consumo e pela maior oferta de produtos de qualidade. De acordo com dados da Ideal Consulting, o consumo per capita de vinhos no país subiu de 1,9 litro em 2015 para 2,6 litros em 2019, um aumento de 36,8%.
Além disso, o setor vinícola brasileiro tem mostrado uma tendência de expansão, com a produção de vinhos nacionais de qualidade e a entrada de novos investimentos – e os consumidores estão aproveitando, pois a procura por kit vinho(https://www.evino.com.br/campaign/kits) já é uma realidade. Outro fator importante que contribui para o desenvolvimento do mercado de vinhos no Brasil é a crescente demanda por espumantes e vinhos finos.
O país tem se destacado na produção de espumantes, com a região do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, sendo reconhecida como uma das principais produtoras de espumantes do mundo. A Serra Gaúcha e a Campanha Gaúcha também têm se destacado na produção de vinhos finos.
O aumento na produção de vinho também tem gerado impactos positivos na economia local. A produção de vinho costuma ser uma atividade intensiva em mão de obra, gerando empregos na colheita, na produção e na comercialização dos produtos. As vinícolas também costumam atrair turistas e consumidores em busca de experiências gastronômicas e culturais, movimentando a economia local.
Fonte: Conversion