A Mojang, desenvolvedora de Minecraft, um dos jogos mais populares do mundo, informou, por meio de uma nota em seu blog, que não dará suporte a projetos em blockchain, o que inclui NFTs. O estúdio, que é propriedade da Microsoft, proibiu também o uso de dinâmicas de comercialização de itens em criptomoedas. “O blockchain ou ativos derivados não podem estar integrados às nossas plataformas”, diz a nota. Segundo a empresa, o objetivo é “permitir que os jogadores de Minecraft possam ter segurança em suas dinâmicas”.

Ainda segundo a Mojang, NFTs “criam espaços de exclusão que conflitam com diretrizes da plataforma”. Caroline Nunes CEO da InspireIp, empresa que lançou a Origgio, marketplace sustentável de NFT, explica que não é bom que a indústria de games seja resistente aos NFTs.

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“A ironia é que as NFTs trazem muito mais poder para os jogadores, na medida em que permitem que eles realmente possuam os itens comprados dentro dos jogos. As declarações da desenvolvedora do Minecraft colocam a blockchain e os NFTs como vilões, dando a entender que não são tecnologias seguras, quando na verdade é um dos protocolos mais seguros que temos atualmente”, diz Carolina. A executiva reforça que o discurso da desenvolvedora de Minecraft “é raso” e vai no sentido oposto. “É um balde de água fria para a comunidade da Web3, e é um retrocesso para a indústria de games.”

Gui Barbosa, diretor-geral na BAYZ,  acredita que esta seja uma decisão que não considera parte das aspirações da comunidade e que pode acabar prejudicando os projetos de criadores dentro do ecossistema. “Em contrapartida, iniciativas de blockchain como The Sandbox, reforçam o importante papel da descentralização, além de oferecer maneiras únicas para criadores e desenvolvedores inovarem e criarem experiências em que a comunidade assume a liderança em relação à propriedade.”

“NFTs geram escassez e, consequentemente, estímulo, não exclusão. Um jogo como Minecraft, onde existem infinitas possibilidades de criação, geraria mais incentivo para seus usuários expressarem e monetizarem sua arte na forma de gameplay. Mas reparem que eles não fecham as portas para a tecnologia, isso é momentâneo. Acredito que perceberam que é algo inevitável e que a qualquer momento terão que adotar essa tecnologia, será só uma questão de estudo e aprimoramento da empresa”, afirma Jhoniker Braulio, CEO da First Phoenix , empresa brasileira de desenvolvimento de jogos eletrônicos.

Por: Luiz Gustavo Pacete

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