No fim de 2022, o tema inteligência artificial esteve sob os holofotes por um motivo em especial, o ChatGPT, um sistema de IA da OpenAI que simula diálogos quase perfeitamente humanos, ganhou projeção e voltou a mostrar o potencial da tecnologia. A popularização, em especial no Brasil, do aplicativo Lensa, e suas possibilidades na releitura de fotos e imagens, também contribuiu para ampliar as discussões em torno do tema.
Neste início de 2023, em grande parte das previsões e tendências para o ano, a inteligência artificial aparece com destaque. É muito provável que, neste ano, a tecnologia seja ainda mais sofisticada e ampliada para funções massificadas. De acordo com uma pesquisa recente da consultoria FrontierView, encomendado pela Microsoft, a IA pode contribuir para um crescimento de 4,2% do PIB brasileiro até 2030.
Estudos recentes da Deloitte em todo o mundo descritas no relatório “Como capitalizar a promessa da inteligência artificial” analisam a IA sob várias perspectivas. “Até o momento, 26 países publicaram estratégias ou estruturas nacionais de IA para promover o crescimento, e muitos estão investindo, estabelecendo programas, patrocinando pesquisas e estabelecendo parcerias. Muitos governos também têm avaliado como podem garantir privacidade, segurança, transparência, responsabilidade e controle de sistemas habilitados para IA sem sufocar a inovação e os possíveis benefícios econômicos”, diz o estudo.
“Enquanto ferramentas do IA crescem exponencialmente, poucas organizações percebem o grande ganho que um bom algoritmo pode trazer. A maior ferramenta do IA é a confiança e o novo mundo tem aprendido a confiar nas novas tecnologias personalizadas”, analisa Rodrigo Oliveira, Sócio de Enterprise, Technology & Performance da Deloitte.
De acordo com a PWC, essa tecnologia deve contribuir em quase US$16 trilhões para a economia mundial até 2030. “Há um potencial benéfico para organizações que adotaram essa tecnologia, independentemente da área em que se encontram. Isso porque ela vai além da automação mecânica, englobando processos cognitivos, que geram uma capacidade de aprendizado. Dessa forma, um sistema de Inteligência Artificial consegue realizar atividades não apenas repetitivas, numerosas e manuais, como também as que demandam análise e tomada de decisão”, analisa a consultoria.
Por: Luiz Gustavo Pacete