JotaJá é uma startup que surgiu em meio à dor de donos de restaurantes impactados pela alta comissão de aplicativos de delivery. A plataforma de pedidos tem como proposta fidelizar clientes para que empresas tenham sua própria base de consumidores.

O CEO Rafael Ribeiro descobriu no processo de criação da JotaJá que a dor do mercado de restaurantes não era a alta comissão cobrada pelo iFood, mas, sim, a retenção de clientes. “Quando ouvimos as reclamações pudemos entender que o dono de restaurante achava que a preocupação dele era apenas a comissão, mas na verdade era não ficar com os clientes. Porque o iFfood não passa o contato do cliente para o restaurante. Então o restaurante acaba dependente da plataforma.”

A principio a empresa de Ribeiro era uma uma grande revista de bairros do Rio de Janeiro que continha serviços em seu catálogo. No entanto, com a era da digitalização a revista perdeu mercado. Ribeiro teve então a ideia de empreender no marketing digital, atendendo empresas que já eram divulgadas na revista.

“Depois de muitas decepções começamos a trabalhar com marketing digital e conseguimos ter sucesso. E trabalhando nesse ramo vimos que surgiu uma dor gigante no mercado: todos os nosso clientes que eram da revista comentavam que o iFood estava acabando com eles, levando toda a lucratividade com a comissão agressiva”, conta.

A JotaJá surgiu, em 2019, com a proposta de que o dono de restaurante de delivery tenha seu próprio canal de atendimento sem depender de terceiros. Isso porque o iFood é o intermediador entre o cliente e o restaurante – o consumidor final se torna fiel ao aplicativo e não ao restaurante.

Para Ribeiro há três diferencial da JotaJá no mercado:

  1. Equipe de sucesso do cliente
  2. Automatização “humanizada”
  3. Fluxo de compra mais rápido

O primeiro diferencial é que a JotaJá tem uma equipe de sucesso do cliente, em que entrega aos que contratam o serviço da plataforma uma consultoria completa e um treinamento para que saibam como formar uma base de clientes. “A tecnologia é só uma ferramenta. O que vendemos é o serviço completo para ajudá-lo a formar sua base de clientes”, disse Ribeiro.

O segundo diferencial, de acordo com o CEO, é o processo automatizado e, diz ele, mais humanizado. A plataforma cria um canal de comunicação por meio do WhatsApp entre o restaurante e o cliente final. Quando o consumidor final envia o pedido ele recebe uma via pelo seu aplicativo de mensagens.

Já o terceiro diferencial é a funcionalidade da plataforma, Ribeiro explica que em outras do gênero os consumidores precisam se logar e colocar seus dados. Na JotaJá o cliente consegue fazer todo o fluxo de compra e no final só precisa preencher o nome, o endereço e o telefone. “Nosso propósito é pelos próximos anos ajudar cada vez mais restaurantes a ganhar independência”, disse o CEO da plataforma de pedidos.

Ribeiro acrescenta ainda que tem muitos projetos para saírem do papel, mas ainda precisa de capital. A empresa está procurando no mercado uma companhia que queira fazer investimento. No passado, a JotaJá quase chegou a fazer uma fusão com uma outra empresa do segmento, mas essa companhia teve problemas e solicitou uma pausa para o processo.

“Pode ser que a gente volte a conversa com essa empresa. Mas acreditamos que em breve vamos acabar recebendo um aporte que nos ajudará a crescer e ajudar ainda mais os restaurantes”, prevê.

Além de esperar novo aporte, a plataforma conta com a infraestrutura da Amazon Web Services (AWS). A startup trabalha com a AWS há seis meses e utiliza o serviço de performance e segurança.

Ao todo, são mais de 1,2 mil restaurantes que utilizam o sistema da JotaJá, entre eles os tradicionais Beco do Alemão, Bob Beef, Balada Mix e Sushi da Praça.

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