Cientistas chineses usaram esporos de bactérias para criar um tipo de plástico que se degrada em poucos dias
Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências criaram um “plástico vivo” feito com esporos de bactérias e capaz de se biodegradar completamente. A invenção permanece em um estado sólido e resistente até que os esporos sejam revividos – depois disso, o processo de degradação é iniciado e chega ao fim em apenas alguns dias.
- Um “plástico vivo” criado com esporos de bactérias pode se biodegradar totalmente em poucos dias;
- O material permanece em estado sólido e resistente até que os esporos sejam revividos com uma enzima;
- Depois disso, o plástico leva de seis a sete dias para se degradar completamente;
- O processo também funciona com a compostagem, levando cerca de 25 a 30 dias para chegar ao fim;
- O método vem sendo testado em outros tipos de plásticos.
A equipe criou uma forma de bactéria Bacillus subtilis geneticamente modificada para produzir lipase de Burkholderia cepacia (BC), uma enzima capaz de degradar plástico. Uma vez expostas a íons de metais pesados, esses agentes formam esporos, misturados pelos cientistas a esferas de policaprolactona (PCL) e transformados em plástico sólido.
‘Plástico vivo’ pode se degradar em até 7 dias
Como detalhado em um artigo da Nature Chemical Biology, os testes com o “plástico vivo” indicaram desempenho similar ao PCL em uso diário – com o diferencial de que, com a aplicação de uma enzima, a superfície do plástico erodiu e os esporos dentro dele foram reativados, degradando totalmente o material em um período de seis a sete dias.
A equipe explica que a simples compostagem do plástico também pode reviver os esporos, degradando-o em cerca de 25 a 30 dias. Além disso, os cientistas também testaram as bactérias em plásticos não biodegradáveis, conseguindo reviver os esporos com sucesso após triturar o material.
A equipe segue trabalhando para determinar o nível de degradação pelas enzimas em diferentes versões do “plástico vivo”.
Fonte: Olhar Digital