A empresa RedWire firmou um acordo com o Centro para o Avanço da Ciência no Espaço, que gerencia as operações de laboratório dos EUA a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), para criar a primeira estufa comercial no Espaço.
A previsão é de que a estrutura já esteja operante no primeiro semestre de 2023. Um processo bem ambicioso que terá muito a provar, principalmente diante de um possível aumento de missões espaciais tripuladas e cada vez mais longas. A estufa será um teste para o crescimento e sustento de gêneros em um ambiente de microgravidade.
A Redwire não caiu de paraquedas nesse projeto, já que ela também gerencia uma pequena câmara automatizada na ISS, que promove o crescimento de plantas, desde 2018. O projeto é conhecido como Advanced Plant Habitat e é chancelado pela Nasa.
Além disso, segundo o site da startup, há “décadas de herança de voo e inovação de tecnologias de classe mundial”, por trás de sua expertise sobre estufas e cultivo de gêneros em ambientes adversos.
Estufa espacial
Em um comunicado, o gerente de projetos de estuda da Redwire, Dave Reed, contou que o conhecimento adquirido promoverá o “melhoramento na produção de culturas na Terra e permitirá que pesquisas críticas para a produção de culturas no espaço beneficiem futuros voos espaciais humanos de longa duração”. “O cultivo de gêneros completos no Espaço será fundamental para futuras missões de exploração, pois as plantas fornecem alimentos, oxigênio e recuperação de água”, acrescentou.
A expectativa é que, durante o voo inaugural da estufa, a empresa produtora de cannabis Dewey Scientific, com sede em Washington, nos Estados Unidos, também participe. A companhia pretende realizar o cultivo de “cânhamo industrial”, para um estudo genético. O cânhamo é um velho conhecido da humanidade, já que era usado na fabricação de tecidos e cordas. Outra companhia envolvida nesse processo é a Tupperware Brands que irá colaborar com o desenvolvimento de entrega de nutrientes.
Por: Isabela Valukas Gusmão