sexta-feira,20 setembro, 2024

Petrobras aposta em tecnologias para descarbonizar atividades

A Petrobras vem investindo em ações e tecnologias para descarbonizar as atividades. Exemplo disso é que entre 2015 e 2022, conseguiu reduzir 39% das emissões absolutas operacionais de gases causadores de efeito estufa (GEE). O resultado foi apoiado pela redução de 67% das emissões de metano nesse período. Além disso, a empresa contou com ganhos de eficiência nas operações.

De acordo com a Petrobrás, em nota oficial, o desempenho em intensidade das emissões em 2022 foram os melhores resultados já apresentados pela empresa. “Somente nas atividades de exploração e produção (E&P), reduzimos em 50% a intensidade das emissões de gases de efeito estufa (entre 2009 e 2022). Já nas atividades de refino, chegamos a 12% de redução na intensidade de emissões de 2015 a 2022”.

Ações para descarbonizar atividades da Petrobras

A empresa tem um plano traçado para cumprir as metas de descarbonizar atividades. A proposta da Petrobrás é ampliar os compromissos relacionados às mudanças climáticas, em busca da meta de redução das emissões até 2030. Comparado com 2015, a meta aumentou em 30% até 2030. Já nas atividades de upstream (exploração e produção de petróleo onshore e off shore), a meta de redução na intensidade de emissões de metano foi revisada para 55% até 2025 (em comparação a 2015).

O compromisso assumido pela Petrobras para os projetos de Carbon Capture Utilization and Storage (CCUS) inclui metas ambiciosas. Ao todo, serão 80 milhões de tCO2 reinjetadas até 2025. 

O compromisso da empresa também foi assumido via Caderno do Clima, que segue as diretrizes do Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD).  A proposta é “mitigar as mudanças no clima ao neutralizar as emissões de gases de efeito estufa nas atividades operacionais sob nosso controle até 2050, além de influenciar parceiros a atingir a mesma ambição em ativos não operados”, informou a companhia.

Tecnologias para descarbonizar

Recentemente, a Petrobras participou de um workshop na Paving Expo 2023, sobre tecnologias para descarbonização, em parceria com especialistas da Coppe/UFRJ, Ecorodovias e Grupo CCR. A conclusão de Luiz Alberto Herrmann, Ph.D em construção civil e consultor da Petrobras, é que, atualmente, a pavimentação asfáltica tem potencial para reduzir em 65% as suas emissões de GEE.

De acordo com o noticiado pelo site de notícias InfraROI, cerca de 30% das emissões de gases de efeito estufa do setor de construção civil está sob responsabilidade de obras de infraestrutura, onde entra também a pavimentação asfáltica. 

Nesse aspecto, a Petrobras apresentou dois lançamentos da sua Área de Asfaltos: o CAP AP e o CAP Pro, ambos dedicados a reduzir a intensidade de carbono do setor.

O CAP Pro foi formulado para aplicações em temperaturas ponderadas (asfalto morno), e na definição da empresa, é um cimento asfáltico de petróleo para aplicação em menores temperaturas. A grande promessa é a redução do consumo de energia/combustível durante o processo de pavimentação e também depois, ao longo da vida útil do pavimento.

De acordo com Luiz Herrmann, a redução da temperatura é que permite redução da intensidade de carbono da mistura asfáltica em até 65%. “Em números gerais, calculamos que a cada 1 tonelada de CP Pro aplicada, é possível evitar a emissão de 110 kg de CO2 equivalente”, apontou, reforçando a comparação com o asfalto quente tradicional.

Já o CAP AP é um cimento asfáltico de alta penetração da faixa de 70/85, e está posicionado como o ideal para misturas com maior índice de asfalto reciclado (RAP). 

No contexto de que as reduções de emissões de gases causadores de efeito estufa passam essencialmente pelo maior uso de asfalto reciclado, Herrmann argumentou sobre o potencial do CAP AP no mercado brasileiro. Ele comparou a tecnologia com as aplicadas em mercados mais avançados, como Estados Unidos, por exemplo, onde o asfalto reciclado (RAP) é aplicado em quase 80% das misturas asfálticas.

Dessa forma, o CAP Pro e o CAP AP fazem parte das apostas da Petrobras para contribuir com a meta net zero carbono do setor de pavimentação até 2045.

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