Conectar pessoas, acelerar o empreendedorismo e promover o ingresso dos pesquisadores científicos, mestres e doutores, na jornada de inovação. Essa é a proposta do Catalisa ICT, iniciativa lançada pelo Sebrae em 2020 e que identificou, somente no primeiro ano de atividade, mais de mil pesquisas com potencial de inovação.
A iniciativa, liderada pelo Sebrae em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e a Associação Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), dentre outros, visa promover a conexão entre mercado e pesquisas de diversas áreas para identificar desafios e apresentar as melhores soluções. O Sebrae e seus parceiros pretendem contribuir para catalisar o conhecimento científico e transformá-lo em negócios inovadores de base tecnológica que atendam às necessidades da população.
Atualmente em sua terceira etapa, o Catalisa ICT conta com 270 equipes em capacitação e que estão recebendo mentorias individuais. São 977 bolsas Sebrae Pesquisador Empreendedor concedidas para que, ao longo de 12 meses, os planos de inovação desenvolvam uma empresa de base tecnológica ou transfiram a tecnologia.
“O Catalisa ICT foi criado para gerar negócios inovadores de base tecnológica a partir das pesquisas de mestres e doutores. Com ele, o Sebrae promove a aproximação entre a academia e o mercado por meio do apoio em gestão, mentorias, investimento de recursos financeiros em projetos de inovação e acesso a investidores”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
No próximo dia 9 de agosto, às 16h, o presidente do Sebrae e o presidente do CNPq conversam com os pesquisadores participantes do Catalisa ICT em uma live, que será transmitida pelo YouTube do Sebrae.
Soluções de tecnologia
A Recombine Biotech é umas das empresas participantes. A startup mineira trabalha no desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologia recombinante para saúde humana e animal. O empreendimento existe desde 2019 e está incubado no TecnoPARQ da Universidade Federal de Viçosa.
Em 2020, durante a pandemia, a empresa começou a desenvolver insumos para diagnóstico de Covid por meio de um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Em parceria com a Universidade de Viçosa, foram criados dois diagnósticos: teste de antígeno e o teste de IgG/IgM. “Nós obtivemos nossos primeiros protótipos, no entanto, ainda precisávamos realizar validações e otimizações dos testes desenvolvidos”, conta a diretora-técnica e científica da empresa, Anna Cláudia Alves de Souza.
A empresária viu no Catalisa ICT uma oportunidade de finalizar os diagnósticos e avaliá-los como autotestes. A empresa está construindo os protótipos e buscando mais amostras de pacientes para validar e otimizar o projeto. “Sem os recursos do Catalisa ICT, teria sido inviável manter a equipe. Além disso, temos a oportunidade de acessar conteúdos como desenvolvimento de negócios, marketing, networking, além do selo Sebrae que traz credibilidade”, acrescenta Anna.
Números do Catalisa ICT
- 1.000 pesquisas com potencial de inovação selecionadas em 2020/2021;
- 2.800 pesquisadores capacitados em 2021 (etapa Aprender e Estruturar);
- 42% das pesquisas selecionadas são feitas por mulheres;
- 270 planos de inovação fomentados (bolsas e auxílio) entre 2021 e 2022;
- 977 bolsas do Sebrae Pesquisador Empreendedor implantadas em 2022;
- 135 novas empresas de base tecnológica a serem criadas até 2023.
Para saber mais sobre o Catalisa ICT, acesse www.sebrae.com.br/catalisaict
Por: Agência Sebrae