sexta-feira,20 setembro, 2024

Pesquisadores testam robô-padre para cultos

Sabemos que o futuro nos promete humanos sendo trocados por robôs em várias atividades, mas até na igreja? Para responder à pergunta, pesquisadores da University of Chicago Booth School of Business (EUA) criaram robôs para atuar como sacerdotes e entender como os fiéis se relacionam com eles.

“As máquinas podem realizar diversas atividades, mas ainda carecem de uma qualidade: credibilidade”, explica Joshua Conrad Jackson, um dos professores da pesquisa. De acordo com o site Scientific American, em um dos testes, os cientistas colocaram um robô chamado Mindar, feito de alumínio e silicone, em um templo budista na cidade de Kyoto (Japão). O sacerdote-robô foi projetado para se assemelhar à deusa budista da misericórdia.

“Nos últimos dois anos, fizemos parceria com locais de culto, incluindo o Templo Kodai-ji, para testar se essa falta de credibilidade prejudicaria as instituições religiosas que empregam sacerdotes robôs”, explica Jackson. “Mindar e outros sacerdotes robôs são como espetáculos, com telas, vídeos e efeitos sonoros envolventes. Ele gira ao longo de seus sermões para fazer contato visual com o público enquanto suas mãos estão juntas em oração. Os visitantes se aglomeraram para ver os cultos. No entanto, mesmo com esses efeitos especiais, duvidamos que os padres-robôs possam realmente inspirar as pessoas a se sentirem comprometidas com sua fé e as instituições religiosas”, conclui.

Os resultados do estudo foram publicados em um artigo recente. “Descobrimos que as pessoas classificaram Mindar como menos confiável do que os monges humanos que trabalham em Kodai-ji. Também descobrimos que as pessoas que viram o robô tinham 12% menos probabilidade de doar dinheiro ao templo (68%) do que aquelas que visitaram o templo, mas não assistiram a Mindar (80%)”.

Para os pesquisadores, as descobertas prenunciam os limites da automação. “Concentrar-se apenas na avaliação da capacidade das máquinas pode nos cegar para espaços onde os robôs estão tendo baixo desempenho porque não são confiáveis”, conclui o relatório.

Texto: Época NEGÓCIOS

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