quinta-feira,19 setembro, 2024

Pesquisadores do Mamirauá criam quadrinhos para levar ciência para as crianças

Já imaginou ler sobre uma pesquisa científica em forma de quadrinhos? É desta maneira que os cientistas do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), unidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, estão divulgando suas pesquisas para crianças e jovens do Amazonas, com o almanaque ilustrado “Tem cientista aqui”.

A primeira edição do almanaque foi lançada em novembro de 2022 e teve uma tiragem de 1.800 exemplares impressos. O livro reúne seis histórias em quadrinhos inspiradas nas pesquisas científicas desenvolvidas no Mamirauá, como o monitoramento da onça-pintada, as espécies de peixes na bacia amazônica, a arqueologia local, os recursos hídricos e outras áreas do conhecimento. O material foi distribuído nas escolas, faculdades e institutos federais por meio do projeto Conexões Educativas no Médio e Alto Solimões.

Segundo o pesquisador Ayan Fleischmann, líder do grupo de pesquisa em Geociência e Dinâmicas Ambientais da Amazônia, o almanaque é uma maneira descontraída e importante levar a ciência para o público infanto-juvenil. O material mostra a ciência de uma forma lúdica e ajuda a incentivar o conhecimento científico na base escolar e pode formar uma nova geração de cientistas.

“A ideia do almanaque aproximou os pesquisadores da comunidade e ainda ajuda na popularização da ciência, na democratização do conhecimento e da prática da científica”, contou.

As histórias em quadrinhos têm os pesquisadores como protagonistas dos contos. “Isto ajuda as crianças a enxergar os cientistas de uma maneira mais humanizada”, disse Ayan.

O projeto também conta com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Além do almanaque, os cientistas vão até as escolas da região para interagir com as crianças. Eles contam sobre as experiências e trabalhos realizados na Amazônia. “São oficinas da Rede Conexões Amazônicas, onde nós levamos o almanaque e mostramos as histórias de forma lúdica”, explicou Ayan.

Os pesquisadores também fazem um levantamento sobre o que acontece no entorno do colégio para mostrar como as crianças convivem com a ciência no dia a dia. “A gente seleciona um tema de impacto na região e associa com uma das histórias do almanaque. Por exemplo, ecologia. A partir deste tema conversamos com os alunos e mostramos o trabalho realizado naquele local. É uma construção coletiva de conhecimento com essas crianças. É mostrar na prática o que é fazer ciência e como é praticar a ciência”, afirmou.

Acessibilidade – Para levar a mensagem científica para o maior número de crianças e jovens, o almanaque pode ser baixado em uma versão online. Para deficientes visuais, está disponível uma versão no YouTube em formato de vídeo com audiodescrição. “Queria salientar que a gente não apenas focou no visual, mas também no audiovisual. Elaboramos um roteiro com audiodescrição e colocamos no Youtube. Isto é um elemento importante para a inclusão e a democratização do conhecimento para todas as pessoas”, finalizou o pesquisador.

Fonte: MCTI

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