Mão biônica suíça conseguiu identificar objetos quentes, frios e em temperatura ambiente com 100% de precisão; saiba como
As roupas que esquentam com energia solar não são a única novidade dos últimos tempos. Em um estudo recente, pesquisadores desenvolveram uma mão biônica sensível à temperatura. Ou seja, capaz de sentir calor ou frio. O objetivo pode não parecer claro, mas é simples: devolver a sensação de temperatura para pessoas amputadas.
Basicamente, depois de uma amputação, muitas pessoas sentem sensações no “membro fantasma”, nome que se dá à mão ou pé perdidos. Sendo assim, os cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausana, na Suíça, investigaram e descobriram que certos pontos da parte superior do braço amputado podem desencadear sensações térmicas na prótese.
Com a ajuda de um paciente teste, eles mapearam esses pontos e modificaram a mão protética para realizar os estímulos em tempo real. Em seguida, a equipe aprimorou o equipamento com sensores sensíveis ao calor e thermodes, pequenos dispositivos que aplicam estímulos quentes ou frios ao membro. Dessa forma, ao tocar em um objeto com a prótese, os sensores traduziam a temperatura para o braço superior, onde o cérebro a interpretava.
Mão biônica é capaz de reconhecer temperaturas e materiais
Como resultado, o paciente com a prótese modificada conseguiu identificar objetos quentes, frios e em temperatura ambiente com 100% de precisão. Para efeito comparativo, ao desligar os sensores térmicos, a precisão foi de somente um terço.
Além de restaurar a percepção de temperatura, a mão protética também auxiliou no reconhecimento de materiais. Em um teste, com vendas nos olhos, o paciente distinguiu vidro, cobre e plástico com quase a mesma precisão de sua mão real.
No entanto, antes de a tecnologia ficar disponível para o público geral, ainda serão necessários maiores testes e aprimoramento do produto. No passado, narizes biônicos também já foram usados para ajudar pessoas que sofreram com o vírus da Covid-19 ao recuperar o olfato.
Por: Isabela Oliveira