Pesquisa mostra que, na região Centro-Oeste, 83% das empresas não sabem o que significa o termo ESG.
O sistema ESG (Environmental, Social and Governance), que representa sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa, apesar de ser um “plus” para as ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), ainda tem sido pouco explorado. A maioria adota uma das práticas, mas não sabe o real significado e retorno que pode representar para a empresa.
Conforme pesquisa ESG, feita pelo Sebrae Mato Grosso, 3.623 pequenos negócios no Brasil foram pesquisados. No Centro-Oeste, foram 410 no total, sendo que em Mato Grosso do Sul o levantamento foi feito com 63 micro e pequenas empresas.
Ainda na região Centro-Oeste, 83% das empresas pesquisadas disseram que não sabem o que significa cada um dos termos. A média nacional ficou em 81%.
Segundo explica a analista técnica do CSS (Centro Sebrae de Sustentabilidade), Camila Souza de Andrade, a adoção ajuda a valorizar a microempresa.
“As ações e práticas ESG nas microempresas ajudam a valorizar o produto comercializado. Além disso, quando falamos de pequenos negócios, estamos trabalhando também com o processo de cadeamento produtivo para grandes empresas, onde os pequenos vão fornecer matéria-prima, insumos ou produtos importantes para a produção dessa grande empresa, o que é muito importante”, pontuou.
Ainda conforme Camila, a prática está relacionada a exigências de mercado. “Quando falamos da agenda ESG, de uma forma geral, estamos falando de sustentabilidade, no qual engloba os aspectos ambientais, sociais e de governança. Os impactos, principalmente positivos, de aderir às práticas dentro do pequeno negócio são muito relacionados à exigência de mercado, tanto dos interessados quanto dos seus possíveis clientes, em buscar um diferencial dentro daquele produto ou serviço oferecido”, completou.
O arquiteto Zadrik Mendonça criou a startup “Óleoponto”, em 2019, no município de Jardim. Ele foi atendido pelo laboratório de inovação do Sebrae/MS.
A tecnologia é uma máquina semelhante a um caixa eletrônico, onde descarta o óleo de cozinha usado no equipamento e ainda ganha descontos na contas ou créditos em estabelecimentos parceiros.
A cada litro de óleo descartado de maneira irregular, outros 25 mil litros de água são contaminados.
Na visão do profissional, as práticas ainda se fazem mais presentes em grandes empresas. “São práticas que hoje estão nas grandes corporações, isso tem que ser passado para as microempresas, para que não visem só o lucro, mas também o bem-estar de onde elas estão instaladas”, destacou.
O mundo em que moramos é só um e as empresas são as grandes poluidoras. A prática ainda vem engatinhando para as microempresas, falta muito, mas já estão dando alguns passos”, disse Zadrik.
Pesquisa – Pesquisa ESG, feita pelo Sebrae Mato Grosso, revela que na média nacional 91% dos pequenos negócios consideram “importante” ter práticas do tema.
Em relação a aspectos ambientais nos negócios, no Centro-Oeste, 53% acham muito importante e apenas 2% nada importante. Sobre a pressão, 36% dizem que já foram pressionados a reduzir impactos ao meio ambiente e 64% responderam que não.
Ainda na região Centro-Oeste, 79% responderam que adota práticas para reduzir impactos no meio ambiente e 21% não.
Agora, em relação aos aspectos sociais, 34% dos pequenos negócios no Centro-Oeste já foram pressionados e 66% não; 29% acredita ser muito importante a adoção e 3% nada importante. Além disso, 62% adotam práticas sociais e 38% não adotam.
Sobre aspectos de governança, 40% já foram pressionados a ter e 60% não foram. A pesquisa mostra ainda que 91% adota práticas de governança e apenas 9% não; 38% acha muito importante e 2% nada importante.
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CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS