Fazer de Goiás uma referência nacional e internacional em empreendedorismo e inovação, através da atração de investimentos, desenvolvimento de novos negócios na área de tecnologia e formação e retenção dos talentos mais demandados pelo mercado atualmente. Esta é a missão do Pacto Goiás pela Inovação, assinado esta semana por cerca de 100 entidades públicas e privadas, que trabalharão em conjunto na criação de projetos que unirão as vocações produtivas do Estado às maiores demandas do futuro.
A iniciativa reúne as hélices da chamada Aliança pela Inovação: governo, instituições de ensino superior, entidades empresariais e a sociedade civil organizada, que assinaram o compromisso. O titular da secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), José Frederico Lyra Netto, diz que o projeto de criar um esforço coletivo levou o Estado a contratar o consultor espanhol Josep Piqué, mundialmente conhecido pelo desenvolvimento de ecossistemas de inovação de renome, como o Distrito @22, em Barcelona, para estruturar o
pacto goiano.
Piqué já começou a trabalhar num projeto, em parceria com o Sebrae, o Governo de Goiás e os demais atores do processo de inovação no Estado. O secretário explica que o pacto tem governança, com uma plenária reunindo as 100 instituições que assinaram o compromisso, de onde será formado um comitê gestor formado por 15 destas entidades. Deste comitê, sairá um
time executivo para conduzir as ações no dia a dia. “Atualmente, estamos levantando os desafios que ainda nos impedem de nos tornarmos esta referência em inovação”, informa José Frederico.
Em abril ocorre a primeira reunião de plenária para a chamada de projetos. “Nesta primeira reunião, qualquer entidade poderá propor projetos”, destaca o secretário. Um dos maiores desafios já identificados e que deve ser alvo destes projetos, segundo ele, é o capital humano, com a formação de talentos para a área de tecnologia. Outro grande desafio é a interiorização da inovação, que precisa chegar a vários municípios.
“Se quisermos ser referência em inovação, também teremos de definir clusters prioritários para isso, como agricultura e tecnologia, produção de alimentos e inteligência artificial, unindo nossas vocações produtivas às demandas do futuro”, explica o secretário. Ele lembra que, onde se desenvolveram projetos de inovação no mundo, isso não ocorreu apenas por um setor, mas pela parceria das hélices.
Fundo
A expectativa é que já alguns projetos já comecem a ser colocados em prática ainda neste ano. Para viabilizar os recursos necessários, José Frederico informa que o governo estadual também já estuda a criação de um fundo para ciência e tecnologia no Estado este ano. De qualquer forma, os projetos já devem ser propostos indicando a origem dos recursos.
“Existem dois desafios para a tecnologia em matéria de recursos: a necessidade de mais verbas e sua previsibilidade, o que exige planejamento”, afirma. A expectativa é que o pacto acelere o ecossistema de inovação no Estado. O vice-governador Daniel Vilela assinou o documento representando o governador Ronaldo Caiado junto com representantes de universidades e do setor produtivo de Goiás. “Temos capital humano capaz de projetar Goiás nacionalmente. Estamos consolidando o exemplo de empreendedorismo e
inovação”, destacou Vilela. Ele ressaltou que o governo acredita na inovação como fator de desenvolvimento.
Josep Piqué se mostrou impressionado com a força e com o nível de comprometimento das entidades envolvidas com esta meta. “Temos um manifesto com uma expressão conjunta que incorpora valores como cooperação, transparência, criatividade, sustentabilidade, inclusão, diversidade e respeito”, explicou o consultor, que também afirmou não ter dúvida de que Goiás será referência nacional e internacional em inovação.
A reitora da UFG, Angelita de Lima, garantiu que as universidades estão preparadas para assumir seu papel no Pacto. “Temos o compromisso, potencial e conhecimento para contribuir com a inovação na fronteira da tecnologia. São esforços para simplificar os processos e estreitar nossa relação com o Estado”.
Fonte: O Popular
