A partir de agora, chatbots poderão exibir conteúdos de fontes confiáveis, como a revista New Yorker, Vogue, Vanity Fair e o site Wired.
Sabe aquela história de que você não pode acreditar em tudo que vê na internet? A OpenAI quer evitar isso em seus principais chatbots.
A startup, dona do ChatGPT, acaba de anunciar uma parceria com a empresa Condé Nast Inc., um dos maiores grupos internacionais de revistas. Pelo acordo, os produtos da OpenAI poderão exibir o conteúdo de diversos veículos da marca, como a revista New Yorker, Vogue, Vanity Fair e o site Wired.
O acordo será importante, principalmente, para o protótipo SearchGPT. Ele estreou em julho deste ano e é uma mistura de mecanismo de pesquisa tradicional com recursos de IA generativa.
“Com a introdução do nosso protótipo SearchGPT, estamos testando novos recursos de pesquisa que tornam a busca por informações e fontes de conteúdo confiáveis mais rápida e intuitiva”, escreveu a OpenAI em uma postagem no seu blog.
“Estamos combinando nossos modelos de conversação com informações da web para dar a você respostas rápidas e oportunas com fontes claras e relevantes”, concluiu o texto.
Uma tendência de mercado
- Esse não é a primeira parceria do tipo fechada nos últimos meses – nem será a última.
- A OpenAI e a revista Time, por exemplo, já anunciaram um “acordo de conteúdo multianual” em junho que permitirá que a startup acesse artigos atuais e arquivados de mais de 100 anos de história da tradicional publicação.
- A OpenAI poderá exibir o conteúdo da Time dentro do ChatGPT em resposta a perguntas de usuários e usar o conteúdo da revista “para aprimorar seus produtos” ou, provavelmente, para treinar seus modelos de IA.
- A OpenAI já havia anunciado uma parceria semelhante em maio com a News Corp.
- O documento permite que a empresa acesse artigos atuais e arquivados do The Wall Street Journal, MarketWatch, Barron’s, New York Post, entre outros.
- O Reddit também anunciou em maio que fará uma parceria com a OpenAI, permitindo que a companhia treine seus modelos de IA no conteúdo do fórum.
Uma questão de justiça também
Os contratos assinados não garantem apenas credibilidade para os produtos da OpenAI, mas também evitam questões judiciais delicadas (e milionárias). E a startup aprendeu isso sofrendo na própria pele.
O Center for Investigative Reporting, a mais antiga redação sem fins lucrativos dos Estados Unidos, processou a OpenAI e sua principal patrocinadora, a Microsoft, em um tribunal federal em junho por suposta violação de direitos autorais.
O grupo reclama que o chatbot usou textos de empresas jornalísticas sem autorização para tal.
Em dezembro, o The New York Times entrou com uma ação parecida contra a Microsoft e a OpenAI. O Chicago Tribune, juntamente com outros sete jornais, fez algo similar em abril.
Como era de se esperar, ainda estamos nos adaptando a essa nova realidade. Nós, as startups e as grandes empresas também. O momento é mesmo de negociar – e de se acertar, mesmo que nos tribunais.
De resto, o que posso fazer é comemorar que a OpenAI tenha essa preocupação com fontes confiáveis. O mundo seria um lugar melhor se todo mundo pensasse assim…
As informações são da CNBC.
Fonte: Olhar Digital