A Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável (RSPO, na sigla em inglês) anunciou que está desenvolvendo um novo sistema para rastrear a origem e as credenciais ambientais da commodity. A medida é uma resposta às demandas dos compradores globais por provas de sustentabilidade, além da certificação.

A entidade, segundo a Reuters, nomeou em outubro um consórcio de empresas de agrotecnologia composto por Agridence, CIED e NGIS, para desenvolver o modelo, que deverá ser lançado no quarto trimestre de 2024.

“Precisamos repensar o nosso sistema de padrões e certificação existente e desenvolver abordagens que ajudem a indústria a provar a sustentabilidade da forma como os mercados, reguladores e clientes exigem hoje”, disse Joseph D’Cruz, presidente-executivo da RSPO, durante uma conferência da indústria realizada nesta terça-feira (21).

Francisco Naranjo, diretor da Mesa, destacou que a nova plataforma “poderia ser uma ferramenta muito poderosa” para ajudar os membros a demonstrar conformidade com os regulamentos EUDR”.

A questão é que a União Europeia aprovou um regulamento anti-desmatamento que exige que as empresas produzam uma declaração mostrando quando e onde seus produtos, incluindo o óleo de palma, foram produzidos, bem como forneçam informações “verificáveis” de que não foram cultivados em terras desmatadas após 2020. Ele deverá entrar em vigor no final do ano que vem.

Dados da RSPO apontam que, em 2022, a produção certificada de óleo de palma sustentável atingiu 15,4 milhões de toneladas métricas, enquanto o consumo foi de 9,2 milhões de toneladas.

Texto: Um so Planeta