terça-feira,24 setembro, 2024

O que esperar da agenda ESG em 2023?

Todo começo de ano, as principais lideranças políticas e empresariais do mundo reúnem-se em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Um dos documentos mais esperados neste evento é a Pesquisa Global de Percepção de Riscos. Em sua 18ª edição, o levantamento produzido anualmente ouviu mais de 1.200 especialistas e líderes globais sobre suas percepções em relação aos principais riscos para sociedades, governos e empresas.

Essa pesquisa é a base do relatório de riscos do Fórum Econômico Mundial, que nos últimos anos vem registrando uma predominância de temas socioambientais. Isso reflete o impacto dessa agenda e o crescimento da percepção de que tais aspectos estão profundamente interligados. No último ano, essa tendência se consolidou mesmo com questões urgentes como conflitos armados e aumento do custo de vida.

No documento deste ano, vimos riscos mais complexos, urgentes e interconectados. A pandemia de covid-19 somou-se à guerra na Ucrânia como catalisadores de impactos negativos que afetam sociedade, economia e meio ambiente. O preço dos alimentos subiu, trazendo o custo de vida para a posição de principal preocupação de curto prazo, seguida por eventos climáticos extremos e desastres naturais em segundo lugar e confrontos geoeconômicos, na terceira posição.

Leia abaixo (em inglês), as listas dos dez principais riscos mapeados para o curto (dois anos) e longo prazo (dez anos):

dez principais riscos mapeados para o curto (dois anos) e longo prazo

– (Divulgação/Divulgação)

Um ponto que chamou atenção na primeira lista é a emergência de alguns riscos que pareciam ter ficado no passado. Mas isso não significa uma volta no tempo. A realidade hoje é mais complexa e interconectada. Na atual conjuntura, os “velhos conhecidos” podem ser agravados por outros riscos ou ativar gatilhos que potencialmente darão início a crises em outras frentes, como destacou o WEF: “a próxima década será caracterizada por crises ambientais e sociais, impulsionadas por tendências geopolíticas e econômicas subjacentes.”

Outro aspecto relevante é que apesar da emergência de aspectos econômicos e geopolíticos nas perspectivas de curto prazo, as análises estão ainda mais dominadas pelos aspectos socioambientais. Oito dos dez principais riscos mapeados em ambos horizontes temporais estão nessas categorias, que correspondem em grande medida à agenda de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade corporativa.

O documento traz várias outras informações interessantes – fizemos um resumo analítico mais completo que este artigo, disponível aqui.

O momento é oportuno para fazer esta que talvez seja a principal reflexão para tomadores de decisão: o que podemos fazer em nossas organizações agora para nos preparar com relação às possíveis crises futuras e para mitigar os impactos que geramos e contribuem com o agravamento desses cenários?

Por: Danilo Maeda 

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