Ao longo do tempo, o avanço tecnológico foi responsável por produzir novas comodidades que se tornaram essenciais. Seja pela Revolução Industrial, seja pelo advento dos computadores e o avanço do Big Data, algumas regalias que sequer eram imagináveis para as gerações anteriores se tornaram verdadeiras necessidades. Mas será que esse estilo de vida é sustentável a longo prazo?

Escassez de recursos e necessidade da busca pela sustentabilidade

O Painel Internacional de Recursos (IRP, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), demonstrou que, em quatro décadas, mais do que triplicou a quantidade de matéria-prima extraída da Terra. 

Se na década de 1970 eram extraídos 22 bilhões de toneladas de recursos em combustíveis fósseis, minerais, metais e biomassa, o número chegou a 70 bilhões de toneladas em 2010. Atualmente, estima-se que a população mundial consuma os recursos 1,7 vezes mais rápido do que os ecossistemas conseguem se regenerar.

Ao longo do tempo, o avanço tecnológico foi responsável por produzir novas comodidades que se tornaram essenciais. Seja pela Revolução Industrial, seja pelo advento dos computadores e o avanço do Big Data, algumas regalias que sequer eram imagináveis para as gerações anteriores se tornaram verdadeiras necessidades. Mas será que esse estilo de vida é sustentável a longo prazo?

Escassez de recursos e necessidade da busca pela sustentabilidade

O Painel Internacional de Recursos (IRP, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), demonstrou que, em quatro décadas, mais do que triplicou a quantidade de matéria-prima extraída da Terra. 

Se na década de 1970 eram extraídos 22 bilhões de toneladas de recursos em combustíveis fósseis, minerais, metais e biomassa, o número chegou a 70 bilhões de toneladas em 2010. Atualmente, estima-se que a população mundial consuma os recursos 1,7 vezes mais rápido do que os ecossistemas conseguem se regenerar.

Muito do que é produzido no mundo não pode ser reaproveitado, ou não chega a ser reciclado. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Muito do que é produzido no mundo não pode ser reaproveitado ou não chega a ser reciclado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

O problema é mais complexo do que pode parecer. Nos países mais desenvolvidos, uma pessoa consome 10 vezes mais recursos por dia do que os habitantes de países em desenvolvimento. Por mais que, para quem nasceu e cresceu nestes locais, o estilo de vida seja algo comum e cotidiano, o planeta não vai conseguir manter o ritmo de desenvolvimento. 

Estima-se que se o nível de consumo mundial se mantiver, serão utilizadas mais de 140 bilhões de toneladas de matérias-primas anualmente. Os efeitos dessa exploração predatória do meio ambiente são perceptíveis de diversas maneiras, nos efeitos climáticos, na poluição, na perda da biodiversidade e na transformação de ambientes em lugares insalubres. 

Até mesmo os países que “terceirizam” a sua poluição, enviando o lixo para outros lugares, ficam sujeitos aos efeitos climáticos extremos como secas, geadas e chuvas acima do normal, causados pelas consequências do efeito estufa e do aquecimento global.

Mas como evitar essas consequências em um planeta que precisa alimentar e prover matéria-prima para uma população em constante crescimento? É aí que entra a necessidade de repensar a maneira como os recursos serão consumidos e buscar o desenvolvimento sustentável.

O que é desenvolvimento sustentável?

O termo desenvolvimento sustentável foi cunhado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU, em 1983. Na sua origem, o conceito propõe a busca por uma forma de desenvolvimento econômico e social que não esgote os recursos naturais para as gerações futuras.

Ou seja, mais do que simplesmente parar de consumir recursos naturais, o desenvolvimento sustentável diz respeito a encontrar maneiras de continuar crescendo economicamente, garantindo igualdade social e criando maneiras de recuperar os ecossistemas afetados.

Os três pilares do desenvolvimento sustentável são o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e a proteção ambiental. Se os países desejam que sua população tenha mais acesso a recursos, sem copiar os hábitos predatórios dos países ricos, é preciso repensar os hábitos de consumo. 

Pequenas atitudes como não solicitar sacolas plásticas em mercados e até hábitos como trocar o carro por transporte mais sustentável, como bikes ou transporte coletivo, podem fazer a diferença quando realizados por grande parcela da população.

Porém, isso não é suficiente se os governos, as indústrias, o agronegócio e as grandes cadeias produtivas não fizerem a sua parte. Esses setores precisam investir em fontes de energia mais sustentáveis, como a energia solar e eólica, além de repensar o aproveitamento e reciclagem dos produtos, a realização da gestão de resíduos de maneira mais ambientalmente correta, as cadeias logísticas de distribuição (principalmente as poluentes, como o transporte rodoviário) e a recuperação de áreas florestais afetadas.