quarta-feira,27 novembro, 2024

O que a Ambev tem feito para tornar-se a tech das bebidas?

No início de agosto, a Ambev reunirá, em São Paulo, pela primeira vez em um evento, todo seu ecossistema de tech. O Tech & Cheers se propõe a fazer uma imersão da companhia em temas relacionados à tecnologia e inovação. “A ideia do Tech & Cheers é reunir profissionais e amantes de inovação e tecnologia em um evento gratuito com a participação de grandes nomes do mercado nacional e internacional. Será um momento de trocar experiências e conhecer muita gente boa dentro deste universo”, comenta Eduardo Horai, CTO da Ambev. A iniciativa faz parte do movimento que a empresa vem fazendo rumo à digitalização e como forma de mostrar o estágio atual de inovação da companhia, o que reúne mais de 20 negócios, entre eles as plataformas Bees, Zé Delivery e os hubs Ambev Tech, Ambev Global Tech e Ztech.

“Nessa jornada para construir a Ambev do futuro, procuramos ir muito além da inovação. É por isso que mantemos áreas integralmente dedicadas a tecnologia para viabilizar o crescimento compartilhado e facilitar a gestão do varejo. Hoje, somos mais de 5 mil profissionais dedicados à tecnologia, número maior do que se comparado com o total de colaboradores dedicados a vendas”, comenta Eduardo Horai, que, em entrevista à Forbes Brasil, detalha outros aprendizados da companhia em relação ao tema.

Forbes Brasil – Considerando a iniciativa do evento e todo o esforço da companhia em relação à inovação, já dá para chamar a Ambev de uma beer tech?
Eduardo Horai – Podemos dizer que a tecnologia está, sim, presente no nosso dia a dia, inclusive em relação ao nosso portfólio de produtos. Ano passado, por exemplo, anunciamos a criação de uma nova unidade de negócios da Ambev, a área de Match, que se dedica a desenvolver e acelerar as bebidas do futuro. Porém, acredito que, hoje, a gente vai muito além da inovação da cerveja. Como uma plataforma com diversos negócios, a Ambev tem a missão de gerar conexão em todo o ecossistema e, sem inovação de ponta a ponta isso não seria possível. Nessa jornada para construir a companhia do futuro, a gente procura ir muito além da cerveja: ser mais ágeis, criativos, colaborativos, diversos e preparados para cuidar e crescer junto com nossos parceiros.

FB – Pode comentar um pouco do estágio de inovação da companhia atualmente e como a tecnologia vem ajudando neste processo?
Horai – Para nos tornar uma plataforma e darmos início a um novo capítulo da nossa história, tivemos que passar por várias transformações nos últimos anos. Nesse processo, a inovação se tornou uma transversal importante e não deixou de acompanhar o nível de priorização em cada pilar de atuação, seja em produto, estrutura, processos, serviços ao consumidor, ou no relacionamento com os nossos parceiros. Há algum tempo, inclusive, temos nos dedicado ainda mais ao relacionamento e desenvolvimento de projetos junto com startups. Atualmente, já são cerca de 500 startups interagindo com a gente e, em 2021, a Ambev foi reconhecida como líder nacional na prática de inovação aberta pelo Ranking Top 100 Open Corps, em levantamento da plataforma Open 100 Startups. Só em 2021, por exemplo, tivemos mais de 1 inovação por semana, entre novos produtos de cerveja, não cerveja e embalagens – um total de 65 inovações. Fechamos o ano crescendo acima da indústria de novo – em 2020 também – e entregamos o maior volume da nossa história, superando patamares históricos como o de 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil. Tudo isso suportado por tecnologia, que nos permite, ainda, criar e escalar dentro de casa um negócio como o Zé Delivery, que capta dados através de uma plataforma proprietária e entrega bebida gelada na porta da casa do consumidor, com preço de mercado. E os resultados já começam a aparecer: as nossas inovações dos últimos 3 anos, somadas, representaram mais de 20% da receita da companhia no último ano.

FB – Como equilibrar inovação com escala e volume, considerando o tamanho e a escala da Ambev?
Horai – Expandir inovação, especialmente inovação aberta, é um desafio. Queremos que as áreas promovam inovação aberta e se tornem capazes de se conectar com o ecossistema de maneira independente, mas este não é um trabalho fácil para se fazer sozinho. É por isso que há anos defendemos o crescimento compartilhado como um dos 5 principais pilares do nosso modelo de negócios. Porém, essa independência e crescimento não são possíveis se não olharmos para quem faz a Ambev caminhar para se tornar a companhia do futuro: nossos talentos. Afinal, a Inovação também está no investimento das capacidades do futuro no mercado. Hoje, inclusive, contamos com a Ambev On, nossa plataforma de conhecimento em inovação que oferece conteúdos gratuitos, 100% on demand, tanto para nossos colaboradores quanto para o público externo, sobre os mais diversos assuntos do mercado– não apenas os que dizem respeito ao nosso core business. Dessa forma, conseguimos capacitar a nossa gente para que tenham, cada vez mais, as veias da inovação, da criatividade, da colaboração e da diversidade – habilidades essas que os ajudam a cuidar de suas áreas e negócios de forma ágil e independente.

FB – Sobre as áreas dedicadas à tecnologia, pode comentar um pouco de como isso se dá e qual a importância para vocês?
Horai – Para sermos uma plataforma, a gente precisou entender as melhores formas de apoiar nossos parceiros e atender nossos consumidores. Neste contexto, a tecnologia foi (e ainda é) a protagonista na revisão de todos os processos operacionais da companhia, com foco em agilidade, colaboração, eficiência e inovação, e na implementação de ferramentas Big Data, Advanced Analytics, Machine Learning, entre outras aplicadas que auxiliam o trabalho das áreas, afinal, já somamos mais de 500 parceiros e 5.000 profissionais dedicados à tecnologia, número maior do que se comparado com o total de colaboradores dedicados a vendas. Hoje, nossos principais negócios focados em tecnologia e inovação são: Ambev Tech, BEES, Zé Delivery, Ambev Global Tech e Z-Tech. Cada um trabalha de maneira independente, mas com os mesmos objetivos em comum: viabilizar o crescimento compartilhado, facilitar a gestão do varejo e revolucionar o atendimento ao público.

Por: Luiz Gustavo Pacete

Redação
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