sexta-feira,22 novembro, 2024

O papel fundamental de uma agenda interna de inovação

Em minhas duas últimas colunas, escrevi, principalmente, sobre a importância da liderança abrir espaço na agenda para participar de eventos e outros compromissos externos, e o valor de ter a cabeça aberta para aproveitar ao máximo esses momentos de conexão e inspiração.

Conhecer pessoas que não fazem parte do nosso círculo de trabalho ou amizade, ouvir diferentes pontos de vista e entender como outros players e startups, até mesmo de outros mercados, estão endereçando dores reais do mercado e dos consumidores são ações fundamentais para que continuemos evoluindo como profissionais e líderes.

Mas e as provocações e momentos de inspiração internos? No início deste mês, em um intervalo de menos de 10 dias, participei de dois eventos internos que me fizeram refletir sobre como essas agendas são igualmente importantes.

O primeiro, logo nos primeiros dias de junho, foi um workshop de inovação que reuniu lideranças da companhia, parceiros e consultores externos, inclusive de outros mercados que não o imobiliário. Uma combinação potente.

Foram dois dias e meio de muita discussão, com metodologia para ajudar na fluidez, claro, e um output bem interessante.

Imagino que, para muitos vice-presidentes, diretores(as), etc., a simples ideia de passar quase três dias “fora” da operação é inimaginável. De fato, ninguém que participou dessa agenda que mencionei estava com a agenda livre quando recebeu o convite, mas todos se reorganizaram para estar presencialmente nas discussões.

Momentos assim são fundamentais para pensar em futuro. Algo bastante fácil de esquecer ou de simplesmente deixar para depois quando estamos mergulhados no dia a dia. Mas não vejo como construir algo duradouro e sustentável sem um equilíbrio entre as horas dedicadas ao presente e ao futuro, aos projetos de curto e longo prazo.

Menos de uma semana depois, Hack Days, o sexto da Loft e o segundo meu na casa. Mais uma vez, temos pessoas imersas em uma maratona criativa, afastadas das suas tarefas rotineiras, integradas com outros times, testando hipótese, tomando decisões e executando projetos no curtíssimo prazo — 3 dias.

Essa experimentação – rápida, imprevisível – tem muito valor.

E é claro que esses eventos internos exigem infraestrutura e um investimento real de tempo e recursos financeiros. Mas é algo que traz muito retorno.

Em um Hack Days, por exemplo, as ideias já nascem “produtizadas”, o que não só acelera a execução, mas garante que o todo funcione melhor. Internamente, gera, ainda, engajamento, sentimento de pertencimento e a manutenção de um ambiente empreendedor e criativo.

Na busca contínua por inspiração, a participação da liderança em eventos externos e internos é uma ferramenta poderosa, capaz de potencializar qualquer startup ou empresa já estabelecida.

Por Marcel Regis, formado em Marketing pela Universidade Católica do Salvador, com mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e pela São Paulo Business School, Marcel Regis é Chief Operating Officer do Grupo Loft. Anteriormente, fez parte da equipe da AB-InBev durante mais de 24 anos e ocupou vários cargos de gestão em todo o mundo, incluindo a Vice-Presidência de Bebidas Não Alcoólicas no Brasil, a Vice-Presidência de Integração Comercial Global no Reino Unido, a Presidência da The South African Breweries e a Presidência da Bavaria na Colômbia.

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