sexta-feira,22 novembro, 2024

Novo sistema de refrigeração pode reduzir emissão de gases poluentes

Atualmente os sistemas de refrigeração transportam o calor de um espaço por meio de algum gás que resfria a medida que expande. No entanto, muitos desses gases refrigerantes podem ser prejudiciais ao planeta e contribuírem para as mudanças climáticas e o aquecimento global, como os hidrofluorcarbonos (HFCs). Agora, pesquisadores podem ter descoberto um método de refrigeração melhor e mais seguro para a Terra.

Essa nova técnica é conhecida como resfriamento ionocalórico e o método foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e utiliza da energia liberada ou absorvida de uma substância durante uma mudança de fases.

Um exemplo é quando o gelo derrete e se transforma em água. Ele faz isso absorvendo o calor do ambiente, ao mesmo tempo que o resfria. Mas se algum sal for adicionado ao processo, ele pode liberar íons que irão diminuir o ponto de solidificação e derreter o gelo sem que seja necessário absorver calor do ambiente. No sistema ionocalórico é utilizado um sal para derreter determinado fluido e resfriar os arredores.

Uma corrente passa pelo sistema composto pelo sal e o fluido e move os íons nele, deslocando o ponto de solidificação e fazendo com que ocorram alterações de temperatura sem adição de calor.

Redução de gases do aquecimento global

Um dos experimentos realizados pela equipe utilizou um sal formado por iodo e sódio para derreter o carbonato de etileno, solvente orgânico produzido a partir de dióxido de carbono. Assim, o sistema ionocalórico além de ser zero poluente, também pode reduzir os gases do efeito estufa na atmosfera.

O experimento demonstrou ser mais eficiente do que outras tecnologias calóricas atuais. O sistema de refrigeração ionacalórico pode contribuir para redução da produção e consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) e desempenhar um papel importante no acordo que visa reduzir a emissão desses poluentes. 

Agora os pesquisadores pretendem levar o sistema de refrigeração para fora dos laboratórios e colocá-lo em uso comercial, podendo ser utilizados tanto para resfriamento, quanto para aquecimento.

Fonte:

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