Com a grande crise econômica causada pela pandemia da covid-19, os setores tiveram impacto negativo por conta das restrições impostas pelo Governo Federal. E o consumidor sentiu no bolso este enorme problema. A cesta básica quebrou novamente seu próprio recorde e após cinco meses seguidos de altas, registrou valor médio de R$ 611,3 na capital.

Os dados do Boletim de Conjuntura Econômica do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destacam essa variação anual, com a alta de preços na cesta básica, o óleo por exemplo, dobrou de valor no varejo, saindo em média de R$ 4 para R$ 8, bem como a batata e o arroz, ambos 65% mais caros nesse intervalo.

Mesmo com o novo salário mínimo chegando a R$1.100 neste ano, o consumidor está desembolsando em torno de 56% do piso apenas para a compra da cesta básica para sua família.

Dos 13 itens que compõe esse conjunto de alimentos, 12 tiveram variação positiva e apenas um, o café em pó, leve redução.

Pesaram no orçamento das famílias produtos essenciais como o feijão (+45%), óleo de soja (+34%), açúcar (+33%), a carne (+30,66%) e o pão francês (+15%).

Itens que compõe a cesta básica: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo e manteiga.

No ranking nacional, a cesta básica cuiabana é a segunda mais cara do Centro-Oeste.

Como o Imea segue a mesma metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que elabora a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, é possível fazer esse comparativo dentro do ranking nacional.

Em relação ao preço médio da cesta básica em dezembro, em R$ 602,4, há alta de 1,5% na passagem para janeiro.

Dos 13 itens, oito tiveram alta, destaque para o tomate, 20%, e cinco com redução de valores, sendo o mais significativo o da banana com 9,6%.

Com a segunda onda da Covid-19, as condições financeiras dos brasileiros, não foram tão apertadas, se comparadas com a primeira onda. Contudo, a estrutura da economia conseguiu superar e se adaptar com a nova realidade do “novo normal”.

Especialistas avaliam que pelo impacto causado pela pandemia do novo coronavírus, o aumentos dos preços dos alimentos afetarão em outros ítens ofertados em lojas e supermercados.

Com essa tendência de que a inflação continue aumentando, só acaba trazendo mais preocupação para o bolso do consumidor, gerando um cenário totalmente negativo das contas públicas, causando menos consumo e maiores juros e endividamento da população. O consumidor deve pesquisar e comparar os preços neste período de pandemia causada pela covid-19, até que os preços dos alimentos possam voltar a normalidade.

Fontes: IBGE; DIEESE; IMEA

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