A expectativa é que a primeira geração do produto possa baratear o preço dos veículos elétricos em aproximadamente R$ 68 mil

Apesar do aumento no número de vendas, um dos maiores obstáculos para a popularização dos carros elétricos ainda são os elevados preços. Isso é resultado, em grande parte, dos custos de produção das baterias.

No entanto, um novo produto desenvolvido pela Contemporary Amperex Technology (CATL), maior fornecedora global de baterias para veículos elétricos do mundo, pode mudar este cenário. A promessa é baratear os modelos.

Matéria prima para fabricação das baterias é mais barata

Estamos falando de baterias a base de sódio, uma tecnologia esperada há algum tempo e que já alimenta cerca de 250 mil vans de entregas urbanas na China. A expectativa é que os produtos sejam fornecidos para montadoras como BYD e Chery até o final deste ano.

O diferencial destas baterias é o fato delas serem mais baratas, custando apenas US$ 10/kWh (cerca de R$ 57). A primeira geração do produto pode reduzir os preços dos carros elétricos em até US$ 12 mil (aproximadamente R$ 68 mil).

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Produto é desenvolvido pela chinesa CATL (Imagem: Victor Golmer/iStock)

O menor custo das baterias a base de sódio é explicado pelo valor da matéria prima usada em sua fabricação. Enquanto o carbonato de sódio custa US$ 200 por tonelada (R$ 1.140), o carbonato de lítio chega a custar US$ 15 mil por tonelada (mais de R$ 85 mil).

Novos produtos também são mais duráveis

  • Outra vantagem diz respeito ao ciclo de vida da bateria de sódio.
  • Enquanto a versão de lítio pode durar até 1.500 cargas, a nova bateria da CATL pode suportar até 10 mil cargas.
  • A previsão da BloombergNEF (BNEF), que se concentra em fornecer análises sobre a transição energética, as baterias de sódio devem responder por até 12% do mercado global de veículos elétricos até 2030.
  • Este cenário também vai ampliar a disputa entre China e Estados Unidos.
  • Enquanto a CATL domina o setor, a capacidade de produção norte-americana destes produtos deixa muito a desejar.

Por: Alessandro Di Lorenzo