“Temos identificadas para o próximo ciclo de financiamentos comunitários, e designadamente para o Norte 2030, prioridades de investimento com incidência mais direta na inclusão e inovação social”, afirmou o presidente da CCDR-N.
António Cunha, que discursava na abertura do Fórum para a Inclusão Social, salientou que serão elegíveis a financiamento projetos que apoiem pessoas em situação de sem-abrigo, promovam a longevidade e a vida autónoma de idosos e que promovam a empregabilidade e integração no mercado de trabalho.
Ao nível da inovação social, o presidente da CCDR-N afirmou que “ganham destaque” o empreendedorismo e economia social, através de iniciativas como “centros para o empreendedorismo de impacto” ou para a “não institucionalização e vida autónoma de pessoas com deficiência ou incapacidade”.
Dizendo-se “crente do poder local e do intermunicipalismo”, bem como “defensor de uma descentralização consistente”, António Cunha salientou que os desafios e problemas relacionados com a inclusão social “reclamam uma intervenção que junte, num território, diferentes instituições e diferentes olhares e competências”.
“Já muito pouco poderá ser feito, de forma consistente e profícua, numa lógica uniformizada, abstrata, desenhada à distância, num gabinete da capital”, referiu.
Destacando a aplicação do programa Norte 2020 em intervenções de combate à pobreza e exclusão social, António Cunha salientou que, no concelho do Porto, as intervenções de “cariz social” ascenderam a 60 milhões de euros de financiamento aprovado.
Quanto ao “futuro”, o presidente da CCDR-N elencou alguns índices, como o Índice Regional de Progresso Social 2020, que coloca a região Norte “sensivelmente a meio da tabela das 240 regiões europeias”, para lembrar que “persistem atrasos geracionais significativos”, nomeadamente, ao nível da educação, acesso a novas tecnologias de informação, e proteção e direitos individuais.
Considerando que “nem só de fundos geridos regionalmente poderão viver as políticas e intervenções sociais”, António Cunha destacou que a região deve procurar garantir “uma participação relevante” nos fundos geridos pela administração central, como é o caso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“A ação do Norte 2030 deverá ser complementada por uma procura relevante ao PRR, nomeadamente nas dimensões da habitação e dos equipamentos sociais”, referiu, destacando que a CCDR-N também se comprometerá com esse objetivo.
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