Posição da empresa será avaliada para determinar como as atividades afetam consumidores, empresas, anunciantes e editores

A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês) do Reino Unido, órgão regulador britânico, anunciou nesta terça-feira, 14, que investigará os serviços de buscas e publicidade do Google. A posição da empresa será avaliada para determinar como as atividades afetam consumidores, empresas, anunciantes, editores de notícias britânicos, além de mecanismos de busca rivais.

“Dada a importância da pesquisa como um serviço digital essencial para pessoas, empresas e a economia, é essencial que a concorrência funcione bem. A concorrência efetiva garante que as pessoas se beneficiem de mais opções”, descreve a nota publicada pela autoridade, que prevê que a investigação seja concluída em nove meses e deve chegar a uma decisão até outubro de 2025.

A presidente-executiva da CMA, Sarah Cardell, disse que é importante garantir que os serviços como o do Google estejam entregando bons resultados para pessoas e empresas e que haja igualdade de condições, especialmente porque a inteligência artificial tem um potencial transformador no setor.

“É nosso trabalho garantir que as pessoas obtenham o benefício total de escolha e inovação em serviços de pesquisa e obtenham um acordo justo – por exemplo, em como seus dados são coletados e armazenados”, afirmou Sarah.

Violação em serviços de tecnologia de anúncio

O órgão regulador de concorrência do Reino Unido, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla inglês), alega que o Google prejudicou a concorrência ao usar seu domínio em publicidade online para “favorecer seus próprios serviços de tecnologia de anúncios”.

A CMA diz que a ação é uma descoberta “provisória” e que a prática anticompetitiva da gigante de tecnologia pode estar prejudicando milhares de editores e anunciantes do Reino Unido. A investigação britânica acompanha outras realizadas pelo Departamento de Justiça dos EUA e pela Comissão Europeia.

“O Google prejudica os concorrentes e os impede de competir em igualdade de condições para fornecer aos editores e anunciantes um serviço melhor e mais competitivo que suporte o crescimento de seus negócios”, descreve.

Com informações de Estadão Conteúdo (Isabella Pugliese Vellani).