Quando os consumidores tomam uma decisão de compra, ela é influenciada pela ação do córtex pré-frontal, que desempenha um papel maior nos processos de pensamento e planejamento ou na tomada de decisões.
O córtex pré-frontal é acionado, por exemplo, como um limitador das emoções expressas durante a compra por impulso. Entender o comportamento do consumidor tendo como base o processamento de informação pelo cérebro pode ser a chave para melhorar o desempenho de empreendedores e faz parte de um ramo da neurociência chamado neurobusiness.
Esses dados fazem parte do estudo “Neurobusiness e sua aplicação como forma de otimizar o negócio“, liderado por Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia da Logos University Internacional, nos Estados Unidos.
“O que fiz foi buscar os melhores estudos e acrescentar meus próprios conceitos e métodos, que vêm se provando eficazes na minha empresa e nas mais de 200 empresas em que trabalho e trabalhei nos últimos 10 anos como consultor e assessor. Foi por isso que decidi montar o curso com todos os meus estudos”, afirma Abreu.
Segundo o cientista, o neurobusiness pode ser usado em diferentes áreas, como RH, vendas, marketing, contabilidade e compras – tudo pode ser aprimorado e mais assertivo com o uso de neurobiologia e neuropsicologia.
Como exemplo, Abreu cita ser possível reconhecer que o cliente é histriônico com base no comportamento e começar elogiando-o com argumentos para conquistá-lo.
Na área de RH, a neurobusiness permite escolher o melhor candidato com base na observação da rede social. “Você pode traçar o perfil da pessoa de acordo com o cargo. Também há testes de aptidão rápidos para avaliar se a inteligência da pessoa inclina para o cargo.”
Abreu destaca que a prática de neurobusiness já é comum em empresas de varejo na Europa e Estados Unidos, enquanto no Brasil ainda não. “As empresas que atendo, quando se dedicam às dicas e ensinamentos, conseguem obter um sucesso seguro e rápido. Não tem como não dar certo. Chega a ser fácil quando se aprende”, diz.
Imagem: Shutterstock
Por: Larissa Féria