Durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o Brasil celebra a parceria entre Ciência, Tecnologia e Esporte, destacando a evolução das Tecnologias Assistivas e as conquistas dos atletas paralímpicos

Desde cedo, no período da manhã até o comecinho da noite, todos os dias, a Arena Paralímpica da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) está sempre movimentada por crianças, jovens e adultos de todos os lugares do Distrito Federal. O interesse é grande em praticar um pouco do esporte que nossos campeões e campeãs do esporte paralímpico levam, com o brasão brasileiro no peito, aos diversos campeonatos mundiais para pessoas com deficiência. Com as cadeiras de roda especiais para esporte e outros equipamentos próprios, a Arena é um espaço vivo e lúdico dentro da SNCT, possibilitando a prática de modalidades como o basquete e o tênis de mesa, com direito inclusive a arquibancada e torcida.

O sucesso tem motivo. Pela primeira vez, o Brasil alcançou seu lugar entre as 5 maiores potências esportivas mundiais nas Paralimpíadas de 2024, realizada Paris. O  feito histórico, fruto primeiramente do enorme talento e brilhantismo da atual geração de atletas nacionais, também é resultado de muitos anos de pesquisa e políticas públicas na área da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Por isso, a ministra Luciana Santos recebeu, nesta quinta-feira (7), uma comitiva de atletas paralímpicos, representantes do Ministério do Esporte e do governo do Distrito Federal no espaço da Arena Paralímpica, ao lado do Museu Nacional, no centro de Brasília. Uma forma de homenagear aqueles que lutam pelas medalhas brasileiras ao redor do mundo e também reforçar a grande parceria firmada entre essas duas áreas para o desenvolvimento das chamadas Tecnologias Assistivas, que ampliam o desempenho das equipes em diversas modalidades.

“A produção científica do nosso país é extraordinária, nós temos um sistema possante e pujante e aqui está a demonstração disso. A ciência voltou com força e com a Tecnologia Assistiva, que para nós e para o presidente Lula é uma questão especial.”, afirmou a ministra. E completou: “Isso é qualidade de vida, é habilitador, garante que a gente possa dar outras condições para as pessoas com deficiência”.

O secretário nacional de Paradesporto, Fábio Lima de Araújo, que participou do evento representando o ministro do Esporte, André Fufuca, afirmou que a Tecnologia Assistiva é, antes de tudo, um instrumento de cidadania. “Antes de serem atletas, são pessoas”. Segundo ele, eventos como a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia reforçam o compromisso do governo federal com os temas voltados à inclusão e à acessibilidade: “Este evento demonstra para o Brasil inteiro que o nosso país produz tecnologia, o nosso país tem pesquisa e investe nas pessoas com deficiência”, declarou.

Durante o evento, também foi lançado o Catálogo  Cintesp/MCTI de Tecnologia Assistiva voltado à prática paradesportiva, à reabilitação e à educação inclusiva. Essa foi uma iniciativa proposta pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social  (SEDES/MCTI) em parceria com a Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR/MEsportes) e com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A parceria entre Esporte, Ciência, Tecnologia e Inovação tem avançado largamente no Brasil, nos últimos anos. um dos exemplos foi a estruturação e manutenção do Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos – Cintesp.Br/ UFU, criado em 2012 e mantido com recursos do MCTI em parceria com o CNPq. Entre as últimas realizações estiveram a cadeira de rodas projetada pelo Cintesp.Br para luta de espadas – medalhistas nas paralimpíadas de Londres, Tóquio e Paris e a cadeira e suportes para bolas – Modalidade Bocha Paralímpica – com medalhistas no Rio, Tóquio e Paris.