É visível que o protagonismo da mulher no agronegócio tem crescido cada vez mais. Nos últimos anos diversos movimentos, grupos, encontros e outras iniciativas têm surgido para reforçar a importância da presença feminina no setor. O movimento Agroligadas é um deles.
Com uma equipe formada exclusivamente por mulheres, o movimento tem como objetivo conectar o campo e a cidade por meio da educação e da comunicação. Elas promovem ações que geram conexões, levando informação de qualidade e distribuindo conhecimento para quem não possui um contato direto com a zona rural.
A iniciativa nasceu em Mato Grosso, mas também está presente em outros estados como Minas Gerais, Bahia, Roraima, Paraná, Piauí e Rio Grande do Sul. As cidades em que o Agroligadas está presente possuem um núcleo com coordenadoras e replicadoras preparadas para conduzir os projetos aplicados.
Segundo a presidente, um dos projetos mais importantes é o Dia de Campo, onde estudantes de ensino fundamental ou médio são levados para conhecer a rotina do campo. O intuito é fazer com que os alunos conheçam de perto todo o processo de produção rural.
Outro projeto é o De onde vem, no qual as representantes apresentam quais são as produções comercializadas nas cidades, agregando conhecimento para toda a população. Além dessas duas ações, existem outras inúmeras em prática.
“Eu planto algodão, soja e milho no município de Campo Verde, mas não tinha ideia da diversidade que existe dentro do agro. Nós nos conectamos com muitas mulheres, que trabalham com várias outras culturas diferentes da minha”, relata Geni.
Além de produtora rural e presidente do grupo Agroligadas, Geni também assumiu o cargo de vice presidente da Comissão Nacional das mulheres da Comissão Nacional de Mulheres do Agro (CNA). A profissional conta que recebe múltiplos relatos positivos vindos de outras produtoras devido ao auxilio que a iniciativa oferece. Além de propagar informações seguras, o Agroligadas serve de inspiração e incentivo para que outras mulheres conquistem seu espaço dentro dessa área.
Por: Victória Oliveira