A maneira de operar a cibersegurança globalmente deve mudar gradativamente ainda no decorrer deste ano, em uma quebra de paradigma ligada à pressões crescentes que impactam o segmento, incluindo aumento da fadiga das equipes, ecossistemas fragmentados e emprego de ferramentas que exigem cada vez mais habilidades e conhecimentos. A conclusão é de Ricardo Villadiego, fundador e CEO da Lumu Technologies, empresa de cibersegurança que criou o modelo Continuous Compromise Assessment™, que permite às organizações medir os comprometimentos em tempo real.
De acordo com Villadiego, o movimento será possibilitado por duas razões tecnológicas. “Em primeiro lugar, a combinação do advento da banda larga ilimitada com o poder de computação e a capacidade de armazenamento sem limites. E, a partir desses desenvolvimentos, o uso eficaz de modelos de dados e IA”, analisa.
O especialista destaca ainda que o mercado tende a assistir a uma alteração cada vez mais significativa nas operações de cibersegurança corporativa, notadamente em pequenas e médias empresas. “Temos notado mudanças nos modelos de negócios de cibersegurança como serviço, beneficiando o cliente. Desta forma, a tendência é que ocorra uma diminuição no custo de operações proficientes, principalmente quando a IA generativa for totalmente absorvida pelos fornecedores de cibersegurança, reduzindo a barreira de entrada para novos talentos que atuam no segmento.”
O mercado de cibersegurança, segundo os especialistas da Lumu, tende a testemunhar também a entrada de novos provedores de produtos e serviços, operando de forma eficiente, o que vai impor desafios aos líderes do setor, impulsionando a concorrência. No entanto, o mercado continua a enfrentar fornecedores que criam muitos atritos ao não permitir integrações a fim de defender sua posição, o que impede que ferramentas isoladas e segregadas se comuniquem e sejam mais fortes juntas.
“Agora é a hora de tratar a cibersegurança como um problema solucionável. Para criar os recursos corretos de SecOps, será preciso agrupar toda a telemetria para fornecer melhor detecção e unir a pilha de segurança cibernética para se defender melhor. A resposta não está em tecnologias legadas, mas em plataformas que permitam que operadores e defensores façam o trabalho com mais eficiência”, pontua Villadiego.
“Está muito claro que muitas disrupções estão por vir e que a avaliação contínua do comprometimento das redes seguirá como a âncora para operações de cibersegurança proficientes”, finaliza o executivo.