MT tem a pior taxa de isolamento social do país durante o maior pico de casos de Covid-19
Levantamento da empresa In loco aponta Mato Grosso com o pior índice de isolamento social do país, de 29,96%, apesar das medidas restritivas decretadas pelo governo do estado há três semanas. O ranking foi divulgado nessa terça-feira (23), mesma data que o estado ultrapassou a marca de 7 mil mortos pela Covid-19.
A pesquisa traz informações em relação à pandemia no país e analisa se a população está respeitando o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com as maiores taxas de isolamento estão o Acre (50,63%), Pará (45,56%) e Amapá (45,07%).
O baixo isolamento social pode ter influenciado no avanço da contaminação do novo coronavírus no estado.
Com a população nas ruas aumenta o contágio da doença e, consequentemente, o número de pessoas que buscam por um leito hospitalar, segundo o secretário-adjunto de Vigilância Sanitária, Juliano Melo.
A doença se propaga mais com a circulação das pessoas, segundo estudos. Os países, como Portugal, e as regiões do Brasil que tiveram sucesso no controle do crescimento do contágio foram com as medidas de isolamento social, disse o secretário.
Tem duas semanas que Mato Grosso não tem mais leitos de UTI para Covid-19 disponíveis devido ao aumento no número de casos. Esse é o maior pico da doença desde o início da pandemia.
O estado registrou nas últimas 48 horas mais de 200 mortes por Covid-19 e mais de 6 mil infectados.
Na segunda-feira (22) houve recorde de mortes. Ao todo, 125 óbitos foram contabilizados.
De acordo com o governo, o estado já abriu desde março do ano passado 535 novos leitos de UTI, entre leitos próprios, pactuados e cofinanciados, exclusivos para a Covid-19. Mesmo assim tem sido insuficientes para atender a toda a demanda e quase 200 pessoas aguardam na fila de espera por vaga de UTI.
Em Cuiabá o colapso é tão dramático que todas as UPAs e clínicas públicas de média complexidade também pararam por causa da sobrecarga de pacientes. No interior, além de não haver unidades de saúde, faltam oxigênio e insumos.
Nessa segunda-feira, a Defensoria Pública da União conseguiu uma decisão na Justiça Federal para que o Ministério da Saúde crie um plano de emergência para as cidades serem reabastecidas.
Fonte G1/MT