A Microsoft vai lançar no Brasil um mouse sem fio feito com lixo plástico retirado do oceano. Chamado o Ocean Plastic Mouse, o acessório começa a ser vendido em maio por R$ 169.
O mouse tem até 20% do seu corpo composto por plástico recuperado do oceano e de vias marítimas, como lagos e rios, segundo a empresa. Esse material passa por uma limpeza e é transformado em uma resina plástica, que é usada para criar a “casca” do acessório.
“Pela primeira vez um produto eletrônico é produzido com plásticos retirados dos oceanos. Além disso, todo o pacote é 100% sustentável, o que reforça nosso posicionamento de evitar desperdício”, diz Adriano Galvão, vice-presidente de vendas ao consumidor da Microsoft.
O mouse sem fio usa uma pilha do tipo AA e tem autonomia de até 12 meses, segundo a companhia. Também conta com um pacote de temas inspirados no oceano para personalizar a área de trabalho do Windows.
Galvão explica que a embalagem do produto também é reciclada, feita de fibras naturais de madeira e de cana-de-açúcar.
Anunciado em setembro do ano passado, o acessório faz parte de um compromisso da Microsoft de ampliar suas iniciativas de sustentabilidade.
Segundo o executivo, o foco do lançamento é chamar a atenção para o problema ambiental da poluição marítima. Um estudo global publicado na revista científica Nature indica que 80% do lixo nos oceanos é composto por plástico.
Galvão acredita que esse é o primeiro de vários lançamentos fabricados com resíduos semelhantes. A Microsoft também promete se tornar negativa em carbono até 2030. Isso significa que a empresa americana vai compensar todo o dióxido de carbono que é emitido ao fabricar seus produtos e na operação de seus data centers, escritórios e outros.
Outras empresas de tecnologia já utilizam plástico reciclado na confecção de seus equipamentos, obtido de resíduos domésticos ou comerciais e que vêm, geralmente, de embalagens. A Dell, por exemplo, tem até 85% de plástico reciclado em seus equipamentos, como monitores e notebooks.
Já a Logitech aponta que apresenta plástico reciclado em mais de metade da sua linha de mouses e teclados.
Por: Tiago Alcantara, g1