quinta-feira,21 novembro, 2024

Microrrobô identifica e transporta células usando magnetismo e eletricidade

Uma pesquisa liderada por cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, desenvolveu microrrobôs com o tamanho de uma célula biológica. Inspirados em bactérias, espermatozoides e outras células ‘nadadoras’, os microrrobôs são partículas sintéticas que se locomovem usando campos magnéticos e elétricos para identificar e capturar células específicas.

Publicado na revista científica Advanced Journal, o estudo explica que o microrrobô funciona como um escâner e pode ajudar em diferentes áreas, como no meio ambiente, na descoberta de diagnósticos médicos, no transporte e triagem de medicamentos, em cirurgias, na promoção de pesquisas sobre a análise de células únicas, entre outras áreas — por exemplo, ele consegue identificar células específicas e descobrir se elas estão saudáveis ou morrendo.

Com apenas dez mícrons de diâmetro, o microrrobô pode ser controlado de forma autônoma ou por uma pessoa usando um controlador. Um dos grandes diferenciais do robô minúsculo é a capacidade de identificar células não rotuladas; para entender a funcionalidade, os cientistas testaram o microrrobô ao capturar um glóbulo vermelho, células cancerígenas e uma bactéria.

Microrrobô que captura células
“O desenvolvimento da capacidade do microrrobô de se mover de forma autônoma foi inspirado em micronadadores biológicos, como bactérias e espermatozoides. Esta é uma área de pesquisa inovadora que está se desenvolvendo rapidamente, com uma ampla variedade de usos em áreas como medicina e meio ambiente, além de uma ferramenta de pesquisa”, disse o professor da Universidade de Tel Aviv e autor do estudo, Gilad Yossifon.

Para a propulsão da partícula sintética, os pesquisadores combinaram dois métodos de micromotores, um que impulsiona o microrrobô por meio de um campo magnético e outro que usa eletricidade para a propulsão. Segundo os pesquisadores, o mecanismo híbrido de propulsão é de extrema importância em ambientes fisiológicos, onde ele pode ser ativado pelos campos magnéticos e elétricos.

Em um vídeo curto publicado no YouTube, em inglês, a equipe de pesquisadores explica detalhadamente sobre o funcionamento do microrrobô.

Redação
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