Um meteoro “bola de fogo” brilhou no céu de diferentes cidades de Santa Catarina durante a madrugada deste domingo (22). O objeto foi registrado por volta das 04h57 da madrugada por câmeras de pelo menos três estações da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (BRAMON).
O meteoro se manteve visível por aproximadamente 3,3 segundos, e se movia a mais de 72 mil km/h. No estado de Santa Catarina, as imagens do objeto foram capturadas pelas estações de Monte Castelo e Florianópolis, administradas por Jocimar Justino de Souza e Alexandre Moro, respectivamente. Já em Canitar (SP), a bola de fogo foi registrada perto da linha do horizonte.
Confira as imagens:
Dados preliminares sugerem que o meteoro começou a brilhar sobre Guabiruba a uma altitude de aproximadamente 84 km, e depois passou pelas cidades de Brusque e Tijucas, todas em Santa Catarina. Depois, a bola de fogo desapareceu a uma altitude de quase 52 km, perto da Ilha do Arvoredo, no Oceano Atlântico. As estimativas foram obtidas através do cruzamento de dados entre as estações, seguido da triangulação do objeto.
Jocimar explica que há diferentes fatores por trás da cor dos meteoros, como a composição química do objeto. O principal é a altitude em que o fenômeno ocorreu, em função das diferenças de concentração e composição dos gases atmosféricos. “Geralmente, a cor verde indica que o fenômeno ocorreu nas camadas mais altas da atmosfera”, disse. “Quando [o meteoro] chega nas camadas mais baixas, a tendência é ficar amarelado”, finalizou.
Os meteoros são um fenômeno luminoso que ocorre quando objetos atravessam a atmosfera terrestre e são incinerados durante a passagem, graças ao atrito com o ar. Às vezes, pode acontecer de o meteoro ser tão brilhante que ele recebe o nome de “bola de fogo”. Neste caso, o meteoro fica com brilho semelhante àquele de Vênus no céu, planeta considerado o segundo objeto mais brilhante no céu noturno.
Existem bolas de fogo capazes de deixar rastros brilhantes que, em alguns casos, permanecem visíveis no céu durante minutos. Vale lembrar que milhares de bolas de fogo ocorrem na atmosfera diariamente, mas como a maioria delas surge sobre oceanos ou regiões isoladas durante o dia, acabam passando despercebidas por nós.
Fonte: Jocimar Justino de Souza