Estudo publicado hoje, 6, pela Elo indica que as transações feitas no Brasil com cartão de crédito ou cartão de débito nos meios físico e digital cresceram nos últimos 12 meses. Mas o brasileiro ainda gasta no digital uma fração do que gasta nas lojas físicas.
O relatório analisou diversos hábitos de consumo da população brasileira, com base em análises de 43 milhões de cartões ativos da marca e 4,5 bilhões de transações financeiras gerenciadas pela empresa.
O estudo emprega dados de transações entre o início de 2020 ao final de 2022. Analisa, portanto, as mudanças nos hábitos de consumo dos brasileiros no período da pandemia, mostra os efeitos da inflação sobre o perfil e nível de gastos do público. Aponta setores da economia que ganharam e perderam espaço no orçamento doméstico e indica a consolidação das compras online como importante canal de consumo, embora longe de ser o mais importante.
Segundo os dados levantados, 41% do gastos com cartões pelos brasileiros — crédito ou débito — foram destinados a itens essenciais. Ou seja, compras de alimentos e combustíveis. Essa participação amplia-se nas camadas menos privilegiadas. Os brasileiros que possuem uma renda de até 1 salário mínimo — R$1302 — destinam 49% dos gastos com cartões para os itens indispensáveis.
A Elo constatou que as compras presenciais são preferíveis, sendo que 90% das transações realizadas no setor ocorreram em locais físicos.
A pesquisa também apurou que as compras online tornaram-se mais comuns no país, crescendo 26% nos últimos dois anos, mas ainda representando apenas 10% de todo o montante transacionado com cartões no país.
A parcela da população com menor renda gastou em média R$59 ao mês com compras online, já os mais ricos — classe média e alta — chegaram a gastar R$199 ao mês.
As compras online foram, em sua maioria, realizadas na modalidade de crédito do cartão (91%). Além disso, a Elo afirmou que comprar online é a modalidade favorita dos brasileiros, independente da classe social.
O setor que mais se beneficiou no período analisado foi o de reformas e melhorias residenciais, crescendo 55% de janeiro a dezembro de 2020 e 5% no tempo restante. Representando em torno de R$504 na fatura dos brasileiros.
O setor de turismo e viagens apresenta forte retomada no consumo, com alta de 48% em compras efetivadas e aumento de até 45% no valor médio dos gastos. Os efeitos do câmbio, inflação e conflitos internacionais sobre preço dos combustíveis são fatores econômicos que explicam o encarecimento do ramo.
Fonte: Tele.Sintese