Seja você um investidor iniciante ou sênior, que opta por investimentos conservadores ou tenha um perfil cheio de arrojo, a renda fixa é sempre uma alternativa segura. A atual conjuntura econômica no país e no mundo, aliás, promove a alta procura por este tipo de aplicação e a EXAME explica o porquê.
Conjuntura macroeconômica
Guerra entre Rússia e Ucrânia, arrefecimento da economia mundial como consequência da pandemia de covid-19 e outros fatores macroeconômicos geraram um cenário de alta inflacionária, aumento das taxas de juros e modesto crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Uma análise geral do contexto, publicada no final de junho pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), registra a elevação de 1% no PIB no primeiro trimestre deste ano, em relação ao período imediatamente anterior, e uma previsão de crescimento em 1,8% totais para 2022. Parte deste desempenho foi impulsionado pela recuperação do mercado de trabalho, especialmente no setor de serviços, cujo crescimento estimado chega a 2,8%.
Todavia, apesar de mais otimista, a estimativa para a inflação nos próximos meses calculada pelo IPEA, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ainda está na casa dos 6,6% com alta projetada em 4,7% para 2023.
Em paralelo, o Estudo Econômico do Banco do Brasil (BB), divulgado em julho último, corrobora este cenário, salientando que mais de 60 países elevaram as taxas de juros em 2022, o que deteriorou o crescimento global. Em âmbito doméstico, o BB enfatiza que a inflação segue como fator de elevada incerteza – em especial para o mês de agosto – e denota baixa previsibilidade dos agentes econômicos sobre o comportamento dos preços no curto prazo.
Diante desse quadro, outro fator relevante para a formação dos preços é a taxa de câmbio, que vem sofrendo depreciação como reflexo do aumento dos riscos no ambiente econômico global e das incertezas domésticas de natureza fiscal (medidas de desoneração/ ampliação de gastos) e projeta, segundo BB, elevação da taxa de câmbio de R$/US$ 5,00 para R$/US$ 5,20 até o final do ano.
Impacto na renda fixa
Se há inflação, a tendência é um aumento da Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) aplicada pelo Banco Central para o controle de, emissão, compra e venda de títulos. Esta taxa básica de juros interfere do custo do cartão de crédito ao financiamento imobiliário, é usada no mercado interbancário para o financiamento de operações diárias e impacta em outros índices, como o IPCA.
Ok, mas e a renda fixa? Bem, investimentos em renda fixa são uma ampla categoria em que o cálculo da remuneração é dado desde o momento em que a aplicação é feita. Instituições como bancos, financeiras ou o governo pegam “emprestado” o dinheiro do investidor e pagam juros por esse montante em um prazo determinado. Nesta modalidade, que abrange o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e o Tesouro Direto, entre outros, o risco de perdas é menor do que os chamados investimentos em Renda Variável, como ações ou fundos imobiliários (FIIs).
Porém, a Renda Fixa ainda depende das flutuações de mercado. Como a Selic, a inflação e o IPCA estão todos interligados, os investidores que aplicam em títulos cujo rendimento é calculado previamente precisam estar atentos às movimentações gerais da economia.
Os ganhos da Renda Fixa vão seguir padrões de acordo com o papel negociado e podem ser de três tipos: pré-fixados; pós-fixados e híbridos. Os primeiros têm juros fixos e são os que menos sofrem impactos da Selic. Os demais sofrem influência de taxas de juros (Selic e CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro) e da inflação (IPCA), o que abre uma janela de oportunidades – que pode ser breve – frente à atual conjuntura econômica do país.
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Quem ensina o caminho para um investimento rentável e seguro é Frederico Khouri, administrador de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com seis anos de experiência no mercado financeiro e especializado em Renda Fixa. Hoje, Frederico atua como Associate Director na área de Credit Research do BTG Pactual.
Por: EXAME