quinta-feira,19 setembro, 2024

MAM exibe primeira exposição em realidade aumentada do Brasil

Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) exibe, a partir de 22 de julho, a primeira exposição em realidade aumentada do Brasil, “Realidades e Simulacros“. Por meio de uma plataforma criada especialmente para a mostra pelo estúdio Museu.io, o público terá contato com obras inéditas de dez artistas que investigam as possibilidades de justaposição entre o digital, o natural e o construído. A mostra conta com patrocínio da 3M por meio da Lei de Incentivo à Cultura, parceria com a Urbia e apoio da Africa Creative.

O conjunto de obras em realidade aumentada foi instalado em diferentes pontos do Parque do Ibirapuera por meio de georreferenciamento – um processo de sistema de referência – e pode ser acessado pelo celular, por uma plataforma criada para a exposição, que está integrada ao site do museu e também pode ser acessada pelo celular no link mam.org.br/realidades. Não é necessário fazer download, informa a instituição.

Com curadoria de Marcus Bastos, artista e pesquisador na convergência entre audiovisual, arte e novas mídias, e de Cauê Alves, curador-chefe do MAM, a exposição reúne obras do Coletivo Coletores, Daniel Lima, Dudu Tsuda, Eder Santos, Fernando Velazquez, Giselle Beiguelman, Katia Maciel, Lucas Bambozzi, Paola Barreto e Regina Silveira. Cada artista recebeu convite da curadoria para criar experiências digitais e obras virtuais em realidade aumentada.

“As obras criadas especialmente para a exposição permitem o contato com diferentes realidades e/ou simulacros e propõe um jogo de tensões que sobrepõe camadas de informação e realidade. Um jogo entre o factual e o fabulatório, entre o visto e o imaginado, entre o concreto e o inventado”, refletem os curadores no texto que acompanha a mostra.

“O MAM é uma instituição conectada às possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias e busca, por meio de diferentes ações, democratizar o acesso à arte. A realização da exposição Realidades e Simulacros acontece nesse contexto. É mais uma iniciativa do museu para expandir sua atuação para além dos limites físicos e alcançar públicos diversos”, diz Elizabeth Machado, presidente da instituição.

Obra digital, experiência presencial

A premiada artista brasileira Regina Silveira está entre os nomes da exposição. Ela desenvolveu Rasante (2023), um disco voador que paira sobre os visitantes no entorno do MAM, no Jardim de Esculturas. A artista dialoga com o imaginário da ficção científica, muito presente em filmes e histórias em quadrinhos, e cria um disco voador que se coloca em relação à arquitetura de Oscar Niemeyer, no Parque Ibirapuera.

Outra presença é de Fernando Velázquez, que leva ao Lago do Ibirapuera uma criatura feita de elementos orgânicos, vegetais e minerais. Com Górgona 01 (2023) (imagem acima), o artista reflete sobre um modo de viver em um planeta reconfigurado por suas catástrofes.

Como fazer a visitação

A jornada de visitação pode ser realizada de diferentes formas e trajetos. É possível fazer o percurso andando a pé, de bike ou com o Ibira Tour, um passeio feito em carrinhos elétricos com guias da Urbia. Dentro do parque haverá, também, sinalizações físicas instaladas em locais próximos às obras para otimizar o percurso do público.

Ainda que as obras sejam digitais, a exposição foi desenvolvida para ser vista presencialmente no parque, com o uso do celular. São esperados mais de 55 mil visitantes que transitam diariamente ali.

O desenvolvimento de Realidades e Simulacros contou ainda com uma equipe técnica formada por Luís Felipe Abbud, do Estúdio Hiper-Real, responsável pelos modelos 3D e animações das obras; Bruno Favaretto e Renato de Almeida Prado, do Museu.io, que realizaram a expografia digital da exposição, e Celso Longo e Daniel Trench, do cldt design, que assinam a identidade visual.

Sobre a expografia digital, Bruno Favareto e Renato de Almeida Prado explicam: “Buscamos uma estética minimalista que auxiliasse os visitantes em seu fluxo pelo Parque e no uso da tecnologia em si, mas que ao mesmo tempo permitisse a experiência com a obra de forma isolada ou com o mínimo de informação desejada”.

Fonte: Época Negócios

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