Solenidade de premiação reuniu no sábado (9) representantes do MCTI, crianças e jovens de todo o Brasil no Museu Nacional da República
A 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) realizou, na tarde deste sábado (9), a entrega de medalhas para os mais de 600 estudantes premiados nas Olimpíadas Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), Olimpíada de Matemática do Distrito Federal, Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) e, também, no Programa Caça-Asteroides.
A solenidade de premiação lotou o auditório principal do Museu Nacional da República, em Brasília, e contou com a presença do secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda; da diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes; do presidente do CNPq, Ricardo Galvão; da presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho; do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli; além de representantes do governo do Distrito Federal e coordenadores das Olímpiadas.
O secretário Inácio Arruda parabenizou todos os estudantes ganhadores e destacou o importante papel que estas competições têm na formação de cidadãos e jovens cientistas brasileiros. Ele ressaltou a prioridade que o governo Lula dá aos projetos de popularização e como essa visão do MCTI, de fortalecimento da ciência e da tecnologia, é fundamental para a construção de um projeto de país forte e soberano.
Ricardo Capelli disse que, quando a ABDI foi procurada pela diretora do MCTI Juana Nunes para integrar a 21ª SNCT, ficou muito entusiasmado para fazer essa ponte e essa conexão entre o desenvolvimento industrial brasileiro com as novas iniciativas da ciência e tecnologia desenvolvidas por jovens em diversas frentes.
“Um país não é capaz de fazer indústria sem inovação, sem ciência, sem tecnologia. O Brasil não pode mais ser apenas o país que só exporta commodities, soja, minério e petróleo. Queremos exportar tecnologia, produtos de valor agregado. E só vamos fazer isso se contar com ajuda de vocês, principalmente dos pais e professores, que incentivam e dos jovens que produzem essa inovação para ajudar a desenvolver o nosso país”, parabenizou.
OBA teve milhões de inscritos
A 27ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) já se consolidou no calendário estudantil de todas as escolas do país. Neste ano, houve 2,5 milhões de inscritos e cerca de 50 mil medalhas foram distribuídas em todo o território brasileiro.
“Vocês, aqui neste auditório, são os que levam o nome do Brasil ao exterior, mostrando ao mundo um país de pessoas inteligentes, trabalhadoras e altamente capacitadas. Um Brasil que valoriza a educação, investe na ciência e se dedica à inovação”, destacou o coordenador da OBA, Virgílio Siqueira.
Estela, que estuda no Colégio Ciman, em Brasília, tem apenas nove anos e foi medalhista na OBA. “Sou apaixonada pelas estrelas desde que comecei a estudar”, contou, com brilho nos olhos. “Esse é meu segundo ano fazendo a olimpíada e fiz a prova sem nem imaginar que poderia ganhar uma medalha”, comemorou.
O professor de ensino médio, João Pedro Papalardo, do Colégio Único, de Brasília, acompanhou seus alunos medalhistas. “Esse era o meu sonho quando eu tinha a idade deles, porque eu participava das olimpíadas de todos os tipos: matemática, física, química, e nunca consegui chegar aqui. Então, é um privilégio enorme acompanhá-los e morrer de orgulho por eles”, celebrou. A escola teve alunos premiados na Olimpíada de Matemática do Distrito Federal e na ONC.
O estudante do Sesc Taguatinga (DF), Nicolas do Nascimento, tem 18 anos e está no fim do ensino médio. Ele diz ter feito a prova sem intenção nenhuma e sem imaginar que chegaria a uma premiação. “Acho que, pela surpresa, foi uma honra maior ainda receber uma das dez medalhas do DF”, disse o medalhista na OBA, que pretende seguir com os estudos de astronomia.
Programa Caça Asteroide teve 3 mil equipes
O Programa Caça Asteroides é um sucesso absoluto entre as crianças e jovens brasileiros e tem contribuído para popularizar a ciência, permitindo que estudantes, atuem como cientistas cidadãos, realizando descobertas astronômicas inéditas e se envolvendo diretamente com a astronomia.
Neste ano, o Caça Asteroides contou com 3 mil equipes no Brasil e no exterior. Durante a campanha, foram analisadas 300 mil imagens, resultando em 2.638 detecções de asteroides.
Durante a 21ª SNCT, uma equipe foi premiada por uma descoberta de grande relevância: a detecção de um NEO, sigla para Near Earth Object (objeto próximo à Terra), que representa um corpo menor do sistema solar em rota de aproximação com nosso planeta.
O Caça Asteroides é uma parceria entre o MCTI e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA PARTNER) sob a coordenação da Universidade Federal de Mato grosso do Sul (UFMS), Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT) e Observatório Nacional (ON-MCTI).